Declarando o sonho diante de todos Parte 1

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Gênesis 37 

Verdade Central: Quem não tem visão profética não trabalha por mudanças. As mudanças vêm por uma visão e por um projeto, e estes são resultados de um sonho. Todo sonho precisa ser perseguido, pois somente assim o êxito será alcançado. 

Introdução: A Bíblia diz que haverá uma classe de pessoas que sonhará. Nós fazemos parte dessa geração sonhadora. Desde a época de José, os sonhos são de fundamental importância para que os projetos nasçam e a visão de Deus tenha pleno êxito. Um sonho não nasce apenas para impactar, mas para promover mudança. Se houver impacto, mas não houver mudança, de nada vale. 

Em Gênesis 37, conhecemos um homem que começa a sonhar dentro da sua casa, José. Deus não nos dá sonhos que se estendam sobre uma geografia distante e longínqua, antes de nos dar sonhos em nosso lar. Qual o maior universo que existe senão a família?

Esse capítulo da Bíblia nos apresenta um homem que sonhava dentro da sua própria casa e foi perseguido por seus irmãos por causa dos seus sonhos. 

Um sonho pode levá-lo a muitas perseguições. Os sonhos que vêm de Deus não lhe dão apenas aplausos, mas causam ameaças. O aplauso e a vaia precisam ter o mesmo peso para o sonhador. Quando um sonho vem de Deus, ele é inquestionável e irrevogável. O verdadeiro sonho nasce dentro da parentela, como foi com José. 

José, entre os seus irmãos, uma Equipe de 12, declarou o seu sonho. Seus irmãos se voltaram contra ele, mas José não se calou. Quando alguém tem convicção de que o seu sonho vem de Deus, ainda que venham os contra-ataques, ele não desiste. Todo sonho publicado atrai uma guerra. Na publicação de um sonho, é travada, no mundo espiritual, uma guerra com aquele que tenta impedir a realização dos sonhos. 

Na casa de seu pai

Gênesis 37:3-5 

É muito gostoso quando estamos na casa do pai, olhamos para os irmãos e lhes contamos o que Deus tem colocado em nosso coração. Há até aqueles que gostam de ameaçar os irmãos através de seus sonhos. Muita coisa é de Deus, outras são do homem. 

O pai de José o amava profundamente, presenteou-lhe uma túnica que representava autoridade sobre seus irmãos, e ele gozava de bom conceito com aqueles que o cercavam. Porém, José não conquistou o coração dos seus irmãos, pois ele era filho da mulher amada do seu pai Jacó. José era protegido do seu pai, tinha regalias diferenciadas e uma administração muito forte, o que fazia com que seus irmãos o invejassem. 

José liderava seus irmãos. Ele era o mensageiro de confiança do seu pai, Jacó, e trazia sempre as novidades de inadimplência dos seus irmãos, que tratavam o rebanho do pai com desdém. Por isso, os filhos de Jacó, irmãos de José, perseguiam-no, pois José tinha a proteção do pai. “Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.” (Gn 37:3) 

José possuía um poder administrador muito grande, o que era notável. O que vemos na vida desse homem é uma liderança destaque. Ele vence os limites da alma e se esmera por fazer um ministério de relevância dentro da casa do pai. Isso mostra que não importa a dificuldade ou apoio que recebemos, se formos líderes ou se desatarmos a nossa liderança, não encontraremos obstáculos intransponíveis. 

José era um homem com uma estrutura de alma muito forte, pois ele não se deixava abater pelas críticas dos seus irmãos. Até mesmo o seu pai lhe pedia para não contar mais os seus sonhos. “Quando o contou a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é esse que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos com o rosto em terra diante de ti? Seus irmãos, pois, o invejavam; mas seu pai guardava o caso no seu coração.” (Gn 37:10-11) 

Os sonhos de José estavam incomodando copiosamente seus irmãos, que viviam na sombra do rebanho do seu pai, e uma das coisas mais terríveis foi que eles pensavam que não eram amados, por Jacó se dedicar de uma forma mais direta a José. Mas José fez essa rota simpática; ele era gracioso, não guardava mágoa no coração. O que interessa é que, seja qual for a dificuldade, não permita que a sua liderança seja sufocada por causa das críticas ou interpretações equivocadas.  

No deserto, Vale de Hebrom

Gênesis 37:14 

Segundo alguns historiadores, o deserto de Hebrom era muito perigoso, pois era chamado lugar de gigantes ou de feras. José tinha que vencer as feras para chegar até seus irmãos, além da distância entre Hebrom e Siquém, que era de, aproximadamente, dez quilômetros. José venceu o medo e a distância, e se lançou em obediência para realizar o pedido do seu pai. 

O curioso é que esse jovem tinha a destreza para caminhar em deserto; ele andava munido para que não lhe faltasse nada. Claro que ele não entrou no deserto desprovido, mas os sonhos de José eram tão vivos que o deserto ficaria pequeno diante dos grandes sonhos. Uma das lições que esse personagem impoluto nos transmite é a sabedoria com a qual ele administrava cada situação que chegava diante dele. 

No deserto, há escassez. Não é fácil vencer desertos, mas esse homem extraordinário sabia gerenciar causas complicadas. Ele era o homem de confiança do seu pai. Não se anda só em um deserto devido a seus inúmeros perigos; além das feras noturnas, há as ciladas de cobras e escorpiões. Um teólogo e arqueólogo de deserto, certa vez, escreveu: “O deserto durante o dia é uma solidão, porém à noite é uma Nova York”. Durante a noite, as feras tenebrosas e os predadores terríveis aparecem. 

No deserto, não havia supermercado, nem a quitanda do seu Jacó ou o ponto de parada para suprimento. Se ele não administrasse o dia no deserto, poderia morrer sedento ou faminto à noite. No deserto, andava-se em caravanas, porém José tinha liderança suficiente para chegar ao ponto decisivo o qual seu pai lhe havia dado como meta. 

A obediência de José era tão intensa, que ele confiava que só pelo fato de estar satisfazendo o desejo do pai, estava plenamente protegido. O alvo maior dele era fazer exatamente o que o pai mandou que ele fizesse, ainda que tivesse que enfrentar um deserto com todas as suas feras. 

Curiosamente, José poderia reivindicar o direito de ir somente acompanhado, mas ele confiava em Deus e na sua capacidade administrativa, e estava cumprindo o desejo do seu pai. Seja qual for o deserto que você esteja enfrentando, ele não é maior que a promessa. O seu sonho é maior que o deserto. 

Precisamos entender que as feras de um deserto não param um líder que decidiu obedecer aquilo que seu superior o mandou fazer. Administre o deserto, seja maior que ele e não permita que o deserto engula seus sonhos.