Beatriz Teixeira
Como líder da Rede da Família, o senhor tem acumulado experiências em aconselhamento familiar. A seu ver, qual o maior inimigo da família?
Primeiro é a falta de Deus. A falta da verdade e dos princípios cristãos. Não ter essas bases é o maior inimigo da família. Também a religiosidade, a religião, que nos faz ser ‘perfeitos’ fora, e manter a imperfeição dentro de casa.
Nesta primeira manhã do Congresso de Consolidação, o senhor ministrou sobre Incesto e falou sobre proteger a família. Como essa proteção é estabelecida?
Primeiro, através do próprio testemunho dos pais, sabendo que toda família precisa ter o seu perfil, as suas cláusulas. Faça um projeto para a sua casa, dentro dos princípios bíblicos. Posso dizer que uma casa é igual a uma nação. É preciso ter leis, disciplina e setores controlados por pessoas, neste caso, os pais. Os pais precisam estar alertas e ser firmes com os filhos para o cumprimento dessas leis, da disciplina. A disciplina firme em amor é a ferramenta mais poderosa para proteger a família.
O senhor escreveu há três anos o livro ‘Incesto, a ruína da família e do ministério’. Parece um tema discrepante para a Igreja, pois muitos não acreditam que tal situação possa ocorrer no meio eclesiástico. Do que trata o livro?
O livro trata sobre pedofilia, homossexualismo, divórcio, novo casamento, estupro, tratamentos químicos e espirituais. No livro, também, o leitor consegue identificar se uma criança está sendo vítima de abusos.
Tudo começa dentro de casa, por isso precisamos saber com quem nossos filhos ficam, mesmo sendo parentes, padrasto, madrasta, primos, tios... A Igreja precisa se alertar em relação a este assunto, pois por muito tempo a Igreja viveu na ingenuidade, acreditando plenamente em todos ao seu redor, e, muitas vezes, essa ingenuidade foi a brecha que o inimigo encontrou para trazer a ruína dentro de casa e no ministério. É chocante, mas é um tema necessário em nossos dias.
