“Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” (Atos 20:24)
Tenho observado a teologia “da graça” superfaturada, a super graça. Lógico que cada um tem sua liberdade de hermeneutizar os textos, mas não pode se dar o luxo de não heregizar o contexto.
Muitos estão falando bobagens no afã de tentar trazer novidades. A indústria da graça cresceu, e muitos estão comprando esse “produto”. Me perdoem a irreverência na escrita: Muitos não estão respeitando nem Deus nem Seu Plano.
É estarrecedor, violento, escarnecedor e desrespeitoso, como alguns achincalham a visão do calvário. Industrializaram a graça e estão buscando os clientes. Onde? Nas mídias sociais! Muitos viraram perturbadores do bem e da ordem, e alteram a verdade central da batalha. “Passarão os céus e a terra, mas minhas palavras não passarão.” (Mateus 24:35)
Graça – karies – ευχαριστώ – é o DOM imerecido; é, de fato, um presente.
Dizer que a graça alcança a todos é verdade, mas a graça não “alcança” tudo, porque a graça é a ação da redenção para extrair o homem do pecado, e não consolidar o pecado nos homens.
A GRAÇA é para TODOS, mas não é para TUDO. Você vai entender o que eu vou dizer. Existem lugares onde a GRAÇA não entra.
Você precisa entender que, quanto mais você conhece da GRAÇA, mais se distancia do pecado, e o pecado não dominará sua vida. Assim como a lei está para carne, a GRAÇA está para o espírito. “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.” (Romanos 6:12-14)
É isto: A GRAÇA domina o pecado, mas o pecado não manipula a GRAÇA. Vou começar com uma hipérbole para tentar facilitar sua compreensão. A GRAÇA foi “industrializada” pelos apologistas da MÍDIA DIGITAL.
Uns colocaram a GRAÇA em um embrulho; outros engarrafaram a GRAÇA; outros enlataram a GRAÇA; outros fizerem um pacote dela, ou coisas similares; e muitos estão oferecendo a GRAÇA como mercadoria e não como doutrina.
A.B Langston disse: “O evangelho de alguns evangélicos não é o evangelho do EVANGELHO”. Por isso, a autointerpretação ficou como se fosse o ensino verdadeiro. E alguns dizem que a doutrina de Cristo precisa de “atualização”. “E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.” (Mateus 24:3-5)
Onde está o ENGANO? No ensino! Querem um evangelho industrializado, superfaturando a graça, diminuindo o calvário, aumentado o sarkorzismo e não pagando o preço para a intimidade com Deus.
Charles Spurgeon – autor de best-sellers como Tudo pela GRAÇA e GRAÇA para o CULPADO, ensina: “Não deve haver salvação presente, a menos que seja em cima desse fundamento: PELA GRAÇA SOIS SALVOS”.
No nível que esta geração está, se não nos posicionarmos como povo de Deus, Sodoma e Gomorra virarão sinônimo de santidade e não território da promiscuidade.
Não industrialize a GRAÇA! O Reino não está à venda. É tudo pela GRAÇA, mas tem preço, e o preço é de CRUZ.