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“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.“  (Gênesis 12:1-3)

Israel é a única nação do mundo da qual se conhece a história de sua formação desde o princípio. Deus “construiu” este povo passo a passo e a sua formação é o cumprimento da promessa feita a Abraão: “De ti farei uma grande nação” (Gn. 12.1-3). Deus tirou Abraão de Ur dos Caldeus, a capital de uma das principais nações da época, e de um povo corrompido e idólatra, a fim de iniciar, através dele, a nação que haveria de eleger como a portadora de sua mensagem ao mundo.

Vamos conhecer um pouco da história de Israel e nos deliciar com os grandes acontecimentos e os milagres que Deus operou no meio do Seu povo e a Nação que Ele criou para Si.

O primeiro passo para o nascimento de Israel foi a separação de Abraão e a ordem para que ele saísse da sua terra e da sua parentela e fosse rumo a uma terra desconhecida: Canaã.  Deus o levou a Canaã e prometeu-lhe que aquele território haveria de pertencer aos seus descendentes (Gn. 12.1-3;13.14-18; Gn. 15.18-21).

Mas, para que a promessa se tornasse real, alguns obstáculos precisavam ser vencidos, todos relacionados à vida de Abraão. O problema maior era a esterilidade de Sara, agravada pela idade avançada de ambos. Mas tudo foi vencido pelo fato de Abraão crer em Deus. Pela sua fé, ele conquistou o título de Pai da Fé de todos os cristãos e, por causa da sua fé, foi possível cumprir-se outra palavra de Deus: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”.

A terra de Canaã já era ocupada por outras nações, identificadas no texto bíblico como girgaseus, amorreus, fereseus, heteus, heveus, cananeus e outros. Abraão, apenas com sua família, não tinha força suficiente para conquistar e sujeitar a terra, mesmo se pensarmos nos 318 homens que o ajudaram a resgatar seu sobrinho Ló. Outro problema era que, naquela região, havia muita fome e escassez, (Gn. 13, 26, 42, 43). Se o povo havia de ser grande e numeroso, conforme a promessa, então  precisaria estar em um ambiente que lhe proporcionasse condições de sobrevivência. Onde achar um lugar que proporcionasse ao mesmo tempo segurança e alimentação? O povo precisava crescer em número e se fortalecer, para a tomada da terra prometida. Vamos então ao segundo ponto:

Abraão e Sara geraram a Isaque, que casou-se com Rebeca e os dois geraram a Esaú e Jacó. Jacó gerou 12 filhos, entre eles José.  Os irmãos de José, levados por um profundo sentimento de inveja, planejaram livrar-se dele. Não o mataram, mas venderam-no a mercadores ismaelitas que o levaram ao Egito, onde ele foi vendido a Potifar, oficial de Faraó. Depois, José acabou sendo preso por uma falsa acusação da esposa de Potifar. Da prisão, onde interpretou sonhos de dois prisioneiros, foi chamado para interpretar o sonho do faraó e, pela sabedoria demonstrada, foi colocado como governador do Egito. O sonho falava de dois períodos distintos no Egito: abundância e fome. José orientou  Faraó a respeito das providências a serem tomadas a fim de que o Egito não perecesse. As medidas adotadas por José foram tão eficazes que, além do Egito não padecer fome, podia ainda vender aos povos vizinhos. Em Canaã, porém, havia muita fome, e Jacó, sabendo que no Egito havia comida, envia para lá os seus filhos para comprarem alimentos. Os irmãos de José não o reconhecem, mas são reconhecidos por ele. Ao final de uma série de entrevistas, José se dá a conhecer a seus irmãos. É uma história emocionante. Como resultado, Jacó e sua família descem ao Egito. O que aconteceu, então? Toda a família de Jacó foi  para o Egito, onde tinha alimento, segurança e um ambiente livre para crescer e se multiplicar. E eles ficaram lá por cerca de 400 anos.

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