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“O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.” (Lucas 6:45)

No estudo anterior aprendemos que as palavras que saem da nossa boca têm poder de vida e de morte, de bênção e de maldição.

A pergunta hoje é: De onde vem essas palavras, que saem da nossa boca e, às vezes, mesmo sem nós querermos, elas são ruins e causam confusão, dor, mágoa, ofensa, nos outros?

Jesus disse que a nossa boca fala daquilo que está cheio o nosso coração.

Não é o coração músculo, que bombeia o sangue para o corpo, mas da nossa mente, do lugar onde estão guardados o nosso conhecimento, as nossas lembranças, as nossas emoções. Lá se formam os pensamentos, que são criados em cima das coisas que permitimos que entrassem e ficassem guardados na nossa mente.

Então, se o que guardamos no nosso coração são sentimentos ruins, nossos pensamentos serão ruins e as palavras que sairão da nossa boca também não serão agradáveis. É mais ou menos assim como a historinha que vou contar:

Haviam duas mulheres, que eram vizinhas, mas não se davam muito bem. Uma se chamava Joana e a outra se chamava Maria. Certo dia, Maria estava fazendo aniversário, e Joana, cheia de ressentimento e inveja da vizinha, pegou uma cesta e encheu de coisa podre e fedorenta, e mandou que sua empregada fosse entregar na casa da vizinha Maria. Quando Maria recebeu a cesta, e sentiu o fedor que vinha dela, logo percebeu que se tratava de algo enviado por sua vizinha. Ela jogou fora a cesta e não falou nada.

Alguns meses depois, foi o aniversário de Joana. Maria então pegou uma cesta e encheu-a com as flores mais lindas e cheirosas do seu jardim, e mandou que sua empregada fosse levá-la na casa da vizinha. Quando Joana recebeu a cesta, e sentiu o perfume que vinha dela, imediatamente seu coração se encheu de raiva em relação à vizinha, pois achava que ela estava sendo arrogante e queria ser melhor do que ela. Abrindo a cesta, Joana encontrou um cartão que dizia: CADA UM DÁ O QUE TEM!

Podemos ser como a cesta de coisas podres, ou como a cesta de flores perfumadas. A diferença está no que é colocado dentro de nós.

Provérbios 22: 17, 18 diz: “Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento. Porque te será agradável se as guardares no teu íntimo, se aplicares todas elas aos teus lábios.”

Como vamos entender isso?

Que quando paramos para ouvir coisas boas, bons conselhos, a Palavra de Deus, a instrução dos nossos pais, e guardarmos isso no nosso coração, isso será muito bom para nós e nossas palavras serão boas, conforme o conhecimento que adquirimos.

E olha que lindo está escrito em Salmos 45:1: “Com o coração transbordando de boas palavras, recito os meus versos em honra ao rei; seja a minha língua como a pena de um sábio escritor.” Um coração cheio de coisas boas, pode transformar nossas palavras em uma linda poesia.

E por onde entram esses conhecimentos, essas ideias, essas coisas ruins, no nosso coração? Nós temos janelas em nosso corpo, por onde entram todas as informações que nos cercam durante o dia. Nossos órgãos dos sentidos são essas janelas: visão, audição, olfato, tato e paladar. Nossos olhos e ouvidos, principalmente, são os maiores receptores de conhecimento, de informações. Tudo o que entra por essas janelas, vai diretamente para o nosso cérebro e se torna parte de nós. Por isso precisamos ter muito cuidado com o que vemos, ouvimos, tocamos.

E sobre isso vamos conversar no próximo estudo, ok?

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