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“E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.” (I João 4:16)

O amor de Deus nos constrange. Deus é Amor! I João 4:16 diz que só estamos em Deus se vivemos o Seu amor. E como é importante viver o amor de Deus e nos movermos por ele. O mundo é carente de amor. Até na Igreja encontramos essa triste realidade.

Já estudamos sobre o AMOR A DEUS, AMOR PRÓPRIO, AMOR AO PRÓXIMO e, agora, na parte final, vamos aprender sobre:

4. AMOR À FAMÍLIA
“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (I Timóteo 5:8)

A família é o nosso bem mais precioso. Que maravilha foi Deus criar a família, lugar de segurança, de amor, de carinho, de comunhão, de alegria, de paz e de tantas outras coisas boas. A família é uma ideia maravilhosa de Deus. E é verdade! Se tem um lugar no qual devemos ser realizados antes de qualquer outro lugar, é na família.

Porém, sabemos que essa não é a realidade de muitos. E diante desse fato, só nos resta lamentar e orar para que as pessoas tenham um coração menos endurecido. Sim, muitos que não usufruem a maravilhosa realidade de uma família na qual tenham prazer de estar, é porque lhes falta amor.

Um coração cheio de ódio, rancor, maldade, malignidade, sentimentos ruins e contrários à Palavra de Deus, não pode esperar receber amor, carinho, respeito, amizade dentro do lar. Tudo isso faz mal à pessoa e à família.

Como você tem cuidado da sua família

Quando amamos, cuidamos! Quando amamos a família, expressamos esse amor em forma de cuidado e proteção, esforçando-nos para dar o melhor ao cônjuge e aos filhos. Tiago diz que se não cuidamos da família, negamos a fé. Isso é muito sério e deve nos levar a uma profunda reflexão. Como sacerdotes, jamais devemos cuidar mais da Igreja do que da família, por exemplo.

Contudo, ao longo desses anos, quantas reclamações já ouvimos de cônjuges que sofrem com os filhos porque o cuidado com a Igreja tem sido maior do que com a família. Quantos, no lugar de assumirem suas responsabilidades, usam a Igreja para fugir de casa. E não são poucos os filhos que sofrem quando ambos, pais e mães, são ausentes.

Provérbios 11:29 nos dá um alerta: “Quem causa problemas à sua família herdará somente vento...”. Infelizmente, a semeadura de falta de cuidado com a família gera desunião e a colheita será cônjuges afastados e filhos sem relacionamento de amor com os pais que, quando casarem, poderão reproduzir o mesmo modelo errado de família.

Deus nos deu a família para que nela possamos expressar o amor dEle. Quando não amamos, deixamos de cumprir um papel importante que nos foi confiado: o de sacerdotes do lar.

Que possamos ser gratos a Deus, pois se temos família, não somos solitários, antes, vivemos a cláusula do Salmo 68:6. “Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca.” Ou seja, a família é um presente que Deus nos dá para que amemos e cuidemos dela. Se formos inteligentes, não viveremos na solidão, mas aproveitaremos cada momento para saborear tão grande presente. Se formos tolos, mesmo em família, podemos ser como o rebelde, que habita em terra seca.

Como você tem investido na sua família
“O avarento põe sua família em apuros...” (Provérbios 15:27)

A família deve receber nosso maior investimento e esse investimento tem que ser muito amplo. Investimento de amor, carinho, respeito, gratidão, companheirismo, de tudo aquilo que faça bem para a saúde da família. Quanto mais investirmos na família, maior será nossa colheita.

Quando Provérbios diz que o avarento coloca a família em apuros, eu entendo que significa deixar de investir os recursos que estão à nossa disposição, e que isso leva a família a passar por dificuldade e a sofrer angústias.

Deus nos deu muitos recursos: amor, inteligência, dons, talentos, inúmeras qualidades que podemos usar para abençoar nossa família, para levá-la a um nível melhor de vida.

Mas o avarento não pensa assim, só pensa nele. E porque é avarento (e eu entendo que essa avareza vai além de finanças, representa não abrir mão para doar amor, tempo e carinho, por exemplo), inúmeros prejuízos vão se somando com o tempo.

Há famílias nas quais existe avareza em amar. No lugar de dar amor à família, vivem em mesquinhez de amor em todas as áreas. E se há algo que não deve ser sovinado é o amor. A Bíblia diz que devemos amar a família, cuidando dela. Esse cuidado envolve tudo o que nós temos recebido de Deus, inclusive a nossa fé.

Quando negamos esse cuidado aos da nossa casa, tornamo-nos não iguais aos incrédulos, mas piores que eles, tornamo-nos infiéis a Deus e à família, àqueles que mais deveriam ser cuidados e amados por nós. “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (I Timóteo 5:8)

Na nossa geração, temos visto a família cada vez mais se esvaindo. As configurações mudaram, as pessoas não se importam mais com o respeito como deveriam. Contudo, a Palavra de Deus é imutável, assim como o Deus que servimos e que criou a família. Então, nem tudo está perdido. A ideia inicial de Deus para nós, cristãos, precisa prevalecer.

A família nasceu no coração de Deus para o coração do homem. Foi Deus quem disse que não era bom que o homem estivesse só e que faria para ele uma auxiliadora idônea. Isso não mudou, o que mudou foi o princípio de obediência no coração do homem e a idoneidade no coração da mulher. Isso tem afetado a família e a dor é estabelecida na sociedade. O resultado são filhos crescendo sem referencial de pai e mãe, sem o referencial de ver que, dentro de casa, a Palavra deve se cumprir a partir da vida dos pais, que são tementes a Deus, ou pelo menos deveriam ser, já que levam uma vida indo à Igreja, orando, jejuando, lendo a Bíblia...

O que a família precisa

Preocupa-nos o rumo que o mundo está tomando. Sabemos que não podemos fugir da realidade bíblica, mas isso não nos torna confortáveis diante dos fatos. Sabemos o que a família precisa: ela precisa de Deus, da Sua Palavra, mas precisa, também, viver os princípios de Deus, contidos em Sua Palavra. Só ir para a Igreja e dizer que serve a Deus jamais será suficiente, pois palavras sem atitudes são evasivas. A própria Bíblia diz: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” (Tiago 2:18). Viver é mostrar. Mostrar é obra, requer ação, vai além de dizer e de querer, consiste em fazer.

A família precisa decidir, através dos sacerdotes, e escolher o caminho de Deus para não viver os padrões do mu​​ndo, que corrompem, profanam o que é santo e destroem os princípios divinos.

Que cada um de nós possa cuidar com amor do maior patrimônio que Deus nos entregou, dos primeiros discípulos que devemos cuidar, os da nossa casa. E que assim possamos viver a ideia original de Deus, exatamente como Ele projetou para nós.​

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