“Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi por aqui para o lado do sul, e subi à montanha: e vede que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito. E como é a terra em que habita, se boa ou má; e quais são as cidades em que eles habitam; se em arraiais, ou em fortalezas. Também como é a terra, se fértil ou estéril; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra. E eram aqueles dias os dias das primícias das uvas. Assim subiram e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada de Hamate. E subiram para o lado do sul, e vieram até Hebrom; e estavam ali Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Enaque (Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã no Egito). Depois foram até ao vale de Escol, e dali cortaram um ramo de vide com um cacho de uvas, o qual trouxeram dois homens, sobre uma vara; como também das romãs e dos figos. Chamaram àquele lugar o vale de Escol, por causa do cacho que dali cortaram os filhos de Israel. E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias. E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles, e a toda a congregação, e mostraram- lhes o fruto da terra. E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto. O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades fortificadas e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque. Os amalequitas habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão. Então Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela. Porém, os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. E infamaram a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos seus olhos.” (Números 13:17-33)
Num significa Deus é Salvação, a palavra hebraica que é traduzida pela forma Jesus. Josué é uma figura de Cristo, pois ele também se tornou o salvador e libertador do seu povo (Josué 1:1-9).
A terra de Canaã tinha 300km de expansão. Escol, em hebraico, significa cacho; o território tinha um enorme valor agrícola, e vemos isso pelo relatório dos espias em Deuteronômio 1:10-26, que, infelizmente, foi recebido com incredulidade. Assim também, nos dias de hoje, muitos líderes vivem na pobreza espiritual e na derrota, porque deixam de se apossar de tudo quanto Deus lhes preparou para uma vida vitoriosa.
TEMOR DO SENHOR X TEMOR DO HOMEM
O temor do Senhor deve dissipar o temor do homem, afinal, sabemos que incredulidade é uma afronta a Deus e nunca produz libertação. Mover-se em fé também move o coração de Deus na direção do homem.
A incredulidade é o caminho de infinitas voltas em círculos no deserto. Incredulidade gera murmuração, e murmuração se torna a linguagem da incredulidade. Se você quer vencer a incredulidade e a murmuração, tenha nos lábios o louvor, que é a linguagem da fé.
Líderes que fazem parte da Geração Calebe não permitem que a incredulidade entre em seus pensamentos e criem raízes no coração, antes lançam fora todo medo natural para viver no temor do Senhor e galgar vitória.
VENCENDO O DESERTO
Entre o lugar onde recebemos a promessa de Deus e a terra prometida, haverá um deserto. Essa é a realidade de todo grande líder. Não há como ser diferente, pois é no deserto que aprendemos as maiores lições. Só que, embora aprendamos muito no deserto, não é a vontade de Deus que permaneçamos lá mais do que o necessário.
A distância do ponto onde Israel deixou o Egito até Cades Barneia, o lugar que Deus determinou para que eles entrassem na Terra Prometida, é somente um período de 10 a 14 dias de jornada a pé. Eles não sairiam do deserto tão rápido, pois tinham que receber a aliança do Senhor, a Lei, e construir o Tabernáculo para que Deus pudesse habitar entre eles. Em dois anos, após deixarem o Egito, estariam prontos.
No entanto, a falta de fé, demonstrada através de incredulidade, reclamações e murmurações, resultou numa espera de 40 anos e na morte de uma geração inteira antes que pudessem entrar na Terra Prometida. Infelizmente, essa também tem sido a realidade de muitas líderes que têm seguido o mesmo mau exemplo.
O QUE FAZER?
Sabemos que os 10 espias que negaram a conquista que lhes foi entregue nas mãos não são sequer lembrados. Todos só memorizam o nome de Josué e Calebe. Então, pelo exemplo daqueles e pelas catástrofes que colheram, que gerou morte física a toda aquela geração, o que podemos fazer é seguir por outro caminho, um que seja completamente diferente: o caminho da fé.
Que a sua trajetória, como líder, seja de vencer os desertos, caminhar em fé, no deserto ou fora dele, porque você faz parte da Geração Calebe. E a Geração Calebe caminha em vitória e não se abate pelos gigantes da terra, antes coloca os olhos em Deus, que é maior que qualquer gigante que possa se levantar.