Assentados à mesa, purificados

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Texto:"Depois disso manifestou-se sob outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo, os quais foram anunciá-lo aos outros; mas nem a estes deram crédito. Por último, então, apareceu aos onze, estando eles reclinados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem dado crédito aos que o tinham visto já ressurgido" (Marcos 16:12-14)

Verdade Central: Assentar-se à mesa significa contaminar-se ou purificar-se. Quantas vezes você não saiu infectado de uma reunião? Você pode estar infectado ou purificado, dependendo do que fala à mesa.

Introdução: Após ressuscitar, Jesus apareceu aos discípulos, que estavam assentados à mesa, e lhes censurou, porque estavam contaminados com incredulidade. Se todos estivessem debaixo da unção, com certeza Jesus diria: "Ah! Que bom encontrá-los. Sentarei com vocês". Mas, Jesus não compartilha de uma mesa que não está interessada nEle e nem quer beber dEle. Precisamos dar crédito ao que Jesus diz.

 

O que quer dizer o assentar à mesa?

No contexto hebraico, assentar-se à mesa significa contaminar-se ou purificar-se. Quantas vezes você não saiu infectado de uma reunião? Você pode estar infectado ou purificado, dependendo do que fala à mesa.

É preciso entender que o "assentar-se à mesa" nos fará líderes de êxito ou meros derrotados. Ou você influencia e, como líder que revela o caráter de Cristo, leva outros a se parecerem com você, ou se deixa influenciar pela incredulidade e carnalidade dos outros e acaba se parecendo com eles.

Um dia, Jesus foi criticado por estar assentado à mesa com pecadores. “E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido. E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.” (Marcos 2:15-17)

Jesus assumiu a forma humana, mas, mesmo como homem, mostrou que é possível viver irrepreensivelmente. Ele não fez as mesmas coisas que os homens faziam, Ele não Se deixou influenciar pelos pecadores, mas foi Modelo a tal ponto de levar muitos a deixarem sua vida de pecado. Jesus motivou os homens a fazerem o que Ele fazia, a viverem como Ele vivia.

Nesse momento, cabe uma reflexão: Na última vez que você sentou à mesa com seus discípulos, houve contaminação ou todos foram purificados?

 

Como podem vir as contaminações?

As contaminações podem vir como palavras de desânimo, críticas, insubmissão, e, muitas vezes, são motivadas por brechas após brechas na vida de discípulos. Tudo isso são métodos, bases e argumentos que Satanás começa a usar como minas, que vão sendo guardadas e, de repente, explodem.

Satanás é estrategista para nos tirar do centro da vontade de Deus e é sagaz para armar minas. Ele vai colocando "atalhos" apetitosos no caminho para o discípulo sair da rota e, depois de um tempo, sem que ninguém espere, vem a implosão.

Um prédio que levou três anos para ser construído pode ser derrubado em segundos. Assim também pode acontecer num ministério cristão: você pode levar três anos recebendo palavras de ânimo, mas, num instante, pode implodir tudo quanto recebeu.

Precisamos conservar o patrimônio que está sendo construído, porque no momento em que o inimigo quiser trabalhar para implodir, não vai conseguir.

 

Atitudes do líder

Todo líder que tem uma mentalidade de construção precisa descobrir quais implosões podem chegar à sua Equipe. Se quisermos cuidar da nossa Equipe, devemos descobrir onde o diabo colocou as implosões na vida dos discípulos e desativar essas minas. Vigie, esteja alerta e trate de tudo o mais rápido possível.

Ao detectar algo estranho na vida de seu discípulo, aconselhe, exorte e, pela Palavra, mostre o caminho que ele deve andar. Se o seu discípulo tem tendência à prostituição, à mentira, à avareza, à bebedice ou outras obras da carne, como líder espiritual, você deve confrontar o pecado e instruí-lo nos Princípios Bíblicos.

Há discípulos que dão pistas. Alguns, por exemplo, vivem comprando e não pagam. Se o discipulador sabe disso e nunca lhe chama a atenção, está sendo cúmplice do mau-caratismo. O princípio é simples: como líder espiritual, seu dever é confrontar o pecado e mostrar o caminho correto. Caberá ao discípulo a decisão final de arrepender-se genuinamente ou não, mas você cumpriu seu papel diante de Deus.

“A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão. Mas, se advertires o ímpio do seu caminho, para que dele se converta, e ele não se converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade; mas tu livraste a tua alma.” (Ezequiel 33:7-9)

Quando Jesus Se assentou com pecadores e foi criticado, todos saíram parecidos com Jesus, mas Ele não saiu parecido com ninguém. Assim também deve acontecer conosco. O que não deve acontecer é o líder se alinhar com o pecado do liderado e encobri-lo. Essa cumplicidade pecaminosa deve ser extirpada do nosso meio.

Nossa palavra deve ser de influência, de mudanças, de quebra de fortalezas, de firmeza, sempre pautados na Palavra de Deus e na santidade. Mesmo que estejam criticando você, não desista de ser um líder de influência, que não aceita se contaminar, porque, quando virem o resultado, vão glorificar a Deus.