Por que ser um discípulo Parte 1

on . Posted in Estudos para os 12

“Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” (João 15:15,16)

Verdade Central: O discípulo precisa saber se ele é discípulo por circunstância ou vocação. Há uma afirmativa no meu coração de que todos podem ser discípulos, desde que cumpram os princípios do discipulado.

Introdução: O capítulo 15 do livro de João é dedicado ao discipulado no Novo Testamento. Se quisermos encontrar as respostas para como podemos ser um discípulo, veremos que podemos ser discípulos quando seguimos as regras, ou seja, os princípios para o discipulado que criam uma personalidade, uma identidade de quem é um discípulo. 

O que identifica o discípulo

1.  Comportamento

O discípulo deve se comportar como o discipulador, porque é uma reprodução. Isso no âmbito espiritual, emocional, familiar, porque o ser humano é tendencioso à reprodução de hábitos, cultura e costume. E porque reproduzimos com muita veemência, começamos a nos parecer na forma de fazer, de executar.

Através do comportamento, sabemos a quem a pessoa pertence, no sentido espiritual. Então, quando as pessoas são discipuladas, começam a se parecer com o seu líder. Pelo menos, assim deveria ser.

O discipulado apresentado por Jesus era para que os discípulos se parecessem com Ele, realizando as mesmas obras, e até obras maiores. Ou seja, é preciso viver a essência da vida de Deus para não haver nenhum nível de contradição entre falas e ações.

O discípulo precisa chegar ao nível de saber olhar para a vida do líder e identificar que o comportamento que não está de acordo com a Palavra, não deve ser copiado.

 

2. Linguagem

Eu reconheço, pela linguagem, quem é meu discípulo, quem é discípulo da Visão Celular e quem é discípulo do MIR. A maneira como você fala denuncia onde você serve.

Existem linguagens que adquirimos pelas facilidades da tecnologia, mais especificamente pelas redes sociais, onde as pessoas estão aprendendo uma linguagem paralela. Aparentemente, estão ‘atualizados’, mas sabemos que isso pode ser um risco e transformar essas pessoas em pessoas com linguagem limitada, mesmo sendo inteligente.

Vivemos a geração dos nerds, não pelo grande fascínio por conhecimento, mas pelo fascínio pela tecnologia com sua modernidade e praticidade. As pessoas acessam tanto a internet, principalmente os jovens, que já não possuem mais força de opinião; estão sendo guiados apenas.

Uma pesquisa recente mostrou que os jovens que menos têm apresentado rendimento escolar são também os que mais gastam tempo na internet. Estes desconhecem, muitas vezes, até a geografia do país onde moram. Isso mostra um grande perigo.

Percebemos que a nova geração está informatizada ao mesmo passo que está ficando sem conhecimento. A tecnologia moderna pode se transformar (se é que já não se transformou!), no grande vilão da nova linguagem enfraquecida e que não tem nada a ver com a linguagem do Reino de Deus.

Encontramos muitos dentro da Igreja falando coisas que não são compatíveis com a linguagem do Reino, com a saúde do Reino. A linguagem utilizada pelas pessoas que nasceram de novo não conclama outros a viverem a essência do Evangelho, é como se estivessem convertidas na mente, mas não são nascidas no espírito. E mesmo nos discursos bonitos, encontramos palavras sem essência, uma química sem consistência.

O que precisamos hoje, como líderes e discípulos, é sustentar a linguagem, persistir no discurso de Jesus, na forma como Ele falava, à maneira como Ele conduzia a vida do povo, de forma que o povo absorvia a sua linguagem.

Não é de se admirar o porquê dos Evangelhos serem chamados de sinópticos, porque eles são linguagem similar. Isso é discipulado. Discipulado é as pessoas falarem a mesma linguagem ou uma linguagem similar, parecida. As pessoas repetem a mesma coisa, o mesmo discurso e a formatação. Isso impacta quem ouve e provoca mudanças.

A reprodução da linguagem do Reino transforma vidas e territórios. Quando o discípulo tem a linguagem do Reino, que é a linguagem do Evangelho, uma linguagem sarada, de vida, ele atrai a multidão e ela é alimentada.

Onde há Evangelho autêntico, você encontra um povo transformado. Onde há Evangelho puro, você encontra um povo liberto e curado. Então, o que precisamos é dessa ação magnífica do entendimento de que há uma linguagem que nos rege e nos leva ao entendimento de mudança.

O Reino tem uma linguagem. Quem quer criar um dialeto dentro dessa linguagem se confunde e confunde outros. Da mesma forma, a Visão Celular tem uma linguagem e quem cria um dialeto também se confunde e ensina a Visão da forma errada.

Não estamos nessa missão de levar avivamento para o Brasil e nações, destoando a linguagem e a essência. Não há como propagar a Visão sem falar do que é elementar, como Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar. Também é preciso saber ensinar sobre fazer discípulo, levantar uma célula, formar as gerações, assuntos que, para muitos, estão esquecidos e deixaram de ser falados.

Aquilo que mais falamos e fazemos é o que mais nos interessa. Talvez seja necessário voltar à linguagem. Sentar com os 12 e reunir com as células para falar sobre a linguagem do Reino de Deus, a essência e o caráter do Reino, caso contrário, seremos um bando de perdidos, reunidos para coisa nenhuma, sem entendimento na chamada e sem foco de encaminhar outros ao destino correto.

Como discípulos, como discipuladores, devemos buscar a linguagem do Reino e, acima de tudo, devemos viver reproduzindo essa linguagem, de tal forma que vidas sejam transformadas.

Continua...