Conhecendo os Princípios da Vitória - Parte 3

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Texto: “Tens, porém, isto, que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus” (Ap 2:6 -7)

Verdade Central: Sabemos que muitos questionamentos vêm à nossa mente acerca da nossa vida quando não vencemos, quando não vitoriamos. Muitas vezes nos perguntamos: E quando eu não venço, e quando eu não consigo, e quando as portas se fecham, o que aconteceu?

Introdução: Nem sempre por se perder uma batalha, perde-se uma guerra. Vemos que Israel foi vitorioso em suas guerras, mas perdeu algumas batalhas. O que não podemos admitir é que não aprendamos com os nossos erros e insistamos em estratégias que não funcionam.

 

2. Resistir às perseguições

“Não temas as coisas que tens que sofrer.” (Ap 2:10)

Nenhum valente é chamado ao conforto. Não existe possibilidade de sofrermos o dano da segunda morte, ou seja, nada é maior do que a nossa convicção de vida eterna: quem nasceu de novo não morre mais.

Devemos ter a convicção de que ainda que sejamos perseguidos, pois não há como militar no Reino, entregar uma visão profética e ficar sem o contra-ataque que virá de várias maneiras, o Senhor nos assegura que nenhum dano nos acontecerá, pois Ele é o nosso escudo. Nada nem ninguém pode nos separar do amor de Deus.

Moisés, um valente de Deus, tinha esta consciência: "Se tu não fores conosco, não nos tire desse lugar." (Ex 33:15). Isso é estar consciente de militar por uma causa na qual não estamos sozinhos.

Elias, profeta renomado, pensava que estava só, o Senhor lhe disse: Não temas! Mais de sete mil homens nesta cidade não dobraram os joelhos a Baal; tu não estás sozinho (I Rs 19).

Gideão, juiz de Israel, disse ao Senhor: "Ah, Senhor, quem sou eu para enfrentar o inimigo, minha família é a menos poderosa, ou a mais pobre, dentro da casa de Manassés, e eu sou o menor na casa do meu pai. Então virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel das mãos dos midianitas: porventura não te enviei Eu?" (Jz 6:11-15)

A nossa história é pautada em desafios. Se não formos valentes, dificilmente entenderemos as tarefas de Deus que não são de conforto, mas de confronto. Ele quer que saiamos do natural para o sobrenatural, porém se a covardia e o medo pautarem o nosso coração, a nossa fé será eliminada.

Não podemos deixar que o pecado da omissão domine o povo de Deus. A omissão é tudo o que deveria ter sido feito e não se fez. Não pecamos somente pelo que fizemos, mas também pelo que deixamos de fazer.

Os midianitas estão vivos. Segundo a narrativa bíblica, eles eram provenientes de Midiã (Gn 25:2 / I Cr 1:32), estavam sempre afrontando o povo de Deus. Possuíam características e praticavam ações que lhes eram peculiares, tais como: roubavam e destruíam a lavoura; tiravam os bens do povo; roubavam as filhas de Israel; desonravam a Deus; saqueavam o alimento do povo; faziam ameaças de poder; subjugavam o povo de Deus.

Nos dias de hoje, não nos faltam midianitas. Eles estão vivos com as mesmas atitudes, destruindo nossos bens, saqueando nosso alimento, desonrando nossas filhas, invadindo nossas casas pela mídia e fazendo um arraso na nossa lavoura.

Precisamos vencer os midianitas. Somente os valentes se posicionarão para que os espíritos enganadores não permaneçam nos rodeando. Para isso é necessário ser muito corajoso. Não devemos temer nada nem ninguém. Fomos chamados para causar pavor, e não para ter pavor dos outros (Js 2:9-11). Não devemos temer as perseguições, elas não são maiores que os livramentos.

A missão da Igreja, neste tempo do fim, é participar em linha de frente, pois Deus nos chamou por cabeça e não por cauda, por cima e não por baixo, e prometeu abençoar todas as obras das nossas mãos. Seremos perseguidos, porém não devemos temer as perseguições.

Siga ameaçando profeticamente, pois o Justo Advogado, Jesus, tomará a sua causa, e o Justo Juiz, Jeová Tsedkenu, a julgará retamente. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.” (I Jo 2:1). “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: o Senhor Justiça nossa.” (Jr 23:6)

 

3. Ter arrependimento e possuir caráter provado

Para estarmos firmes no Reino e conquistarmos novos alvos, precisamos arrepender-nos. Segundo alguns teólogos e eruditos, arrependimento vem da palavra grega metanóia e significa mudança de mente, uma volta de 180˚, mudança de atitude, nova caminhada. Na visão hebraica, o significado de arrependimento é ainda mais extenso: é mudança integral.

Podemos afirmar que arrependimento é nova identidade, é andar em novos caminhos renunciando toda e qualquer obra maligna, destronando principados e destruindo as falsas doutrinas no meio da Igreja de Cristo. Vejamos algumas delas.

 

Balaão

Doutrina cuja base do ensino tem o objetivo de confundir os assuntos espirituais, transformar o sagrado em profano, transformar os valores morais em hedonismo, trazer uma mentalidade puramente material na conquista de fama, debaixo de muita desonestidade.

“Disse-lhe o anjo do senhor: Por que já três vezes espancaste a tua jumenta? Eis que eu te saí como adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim; a jumenta, porém, me viu, e já três vezes se desviou de diante de mim; se ela não se tivesse desviado de mim, na verdade que eu te haveria matado, deixando a ela com vida.” (Nm 22:32,33)

“Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, fizeram que os filhos de Israel pecassem contra o Senhor no caso de Peor, pelo que houve a praga entre a congregação do Senhor.” (Nm 31:16)

A doutrina de Balaão refere-se também ao gnosticismo libertino. "Contudo, semelhantemente também estes falsos mestres, sonhando, contaminam a sua carne, rejeitam toda autoridade e blasfemam das dignidades." (Jd 8)

Continua...