Festa de Pentecostes - Parte 1

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“E a festa da sega dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo.” (Êxodo 23:16)

Oba! Estamos nos aproximando de mais uma das Festas do Senhor, mais um momento especial, de celebrarmos diante do Rei dos reis, do Grande Eu Sou, do Eterno, tempo de agradecermos a Ele por todas as coisas maravilhosas que Ele tem feito em nossas vidas.

Já passamos por Purim, onde vimos que Deus muda decretos na nossa vida, assim como fez com a rainha Ester e o povo hebreu. Celebramos a Páscoa, lembrando que Ele libertou o Seu povo do Egito e que Jesus veio para morrer na Cruz e nos libertar da escravidão do pecado, derramando o Seu sangue por nós, para nos dar vida nova. Agora vamos celebrar a festa de Pentecostes.

Primeiro vamos conhecer, no Antigo Testamento, um pouco dessa festa que é uma celebração de gratidão ao Senhor pela colheita dos grãos. Preste bem atenção.

Pentecostes não é o nome próprio da segunda festa do antigo calendário bíblico, no Antigo Testamento (Êxodo 23:14-17; 34:18-23). Originalmente, essa festa é citada com vários nomes:

1. Festa da Colheita ou Sega - Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada;

2.  Festa das Semanas - A razão desse nome está no período de duração dessa celebração: sete semanas. O início da festa se dá cinquenta dias depois da Páscoa, com a colheita da cevada; o encerramento acontece com a colheita do trigo (Deuteronômio 16:10; 34:22 / Números 28:26).

3. Dia das Primícias dos Frutos - Este nome tem sua razão de ser na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos naquela sega (Números 28:26).

4. Festa de Pentecostes - cujo significado é cinquenta dias depois (da Páscoa).

A princípio, essa festa era uma celebração agrícola, originalmente realizada na roça, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas, depois é que ela foi levada para os templos. E ela tinha algumas características interessantes:

1. A Festa das Colheitas era alegre e solene (Deuteronômio 16:11). A celebração era dedicada exclusivamente ao Senhor (Deuteronômio 16:10). Não podemos esquecer que as Festas do Senhor celebram as coisas do Senhor, não de homens, a ação de Deus que cria e sustenta a vida do mundo criado.

2. Era uma festa de comunhão, aberta para todos os produtores e seus familiares, os pobres, os levitas e os estrangeiros (Deuteronômio 16:11). Enfim, todo o povo apresentava-se diante de Deus.

3. Agradecia a Deus pelo dom da terra e pelos estatutos divinos (Deuteronômio 15:12).

4. Era uma "Santa Convocação". Ninguém trabalhava (Levítico 23:21).

5. Era celebrado o ciclo da vida, reconhecendo que a Palavra de Deus estava na origem da vida da semente, da árvore, do fruto, do alimento, de tudo.

Ao celebrar a festa, todos aprendiam a ser responsáveis para com a vontade de Deus e com o próximo - não somente com os irmãos de sangue e fé.  Lembravam que Deus é o Criador e Sustentador das leis que regem o mundo, pois foi Ele quem criou a terra e manda a chuva para todos, hebreus e gentios, bons e maus, homens e mulheres, jovens e crianças. Ao agradecer a Deus pelo dom da terra - para morar, plantar e se alimentar dos frutos produzidos nela - o povo descobria os mistérios da graça divina. Ser grato pela "terra que mana leite e mel", pela cevada, trigo e outros grãos que sustentam a vida e representam uma alegria muito grande.

Você já agradeceu ao Senhor hoje pelo pãozinho gostoso, o café quentinho, o leitinho,  o arroz, o feijão? Foi Ele que derramou a chuva no campo, fez o sol nascer todas as manhãs, para que a terra desse o seu fruto, que alimenta você todos os dias. Que Deus maravilhoso é esse que nós temos, não é mesmo?