Apóstolos Renê e Marita Terra Nova

 
Confira como foi o congresso de Resgate da Nação em 2011
 
 
 
 


Publicado: 21.04.2012
“Não existe uma adoração que flui sem uma mensagem de adoração que desperte a Igreja”
O Pastor e cantor Kléber Lucas tem sido figura constante no Congresso Internacional de Resgate da Nação. Ano após ano, o ministro tem abençoado grandemente esse ajuntamento profético com seus louvores marcantes e inspiradores. Ele nos concedeu uma entrevista exclusiva em que faz uma avaliação de sua participação no Resgate, perpassando por diversos temas que vão além das quatro paredes da Igreja, o cantor se viu muito satisfeito diante das questões que puderam revelar mais de seus posicionamentos enquanto cristão, adorador e ministro do Evangelho

Edson Silva

Lilian Bartira Silva

 

O que mudou no seu ministério após suas sucessivas vindas ao Congresso de Resgate da Nação?

A melhor definição seria uma visão ampliada, a visão do Reino, da Igreja e o peso ministerial. Você não pode fazer o que eu faço sem o claro entendimento da repercussão que isso tem no mundo espiritual, na geração que cresce com você, que veio antes de você. Então, é preciso honrar os fundamentos de onde você vem, mas, sobretudo, ser uma referência para a nova geração. Confesso que, por muito tempo, me faltou a clareza desse entendimento acerca do meu papel no projeto do Reino. Não que tenha faltado comprometimento, vida com Deus, mas esse entendimento mesmo que é libertador, saber que você não é uma figura isolada, mas faz parte de um time, de um todo e que seu papel é fundamental. Quando você está em linha com o que está acontecendo no Reino e entende a ramificação, você cresce, sua visão aumenta. Quando eu chego a Porto, vejo esses milhares de Pastores e percebo essa liderança expressiva do Brasil que tem tocado os quatro cantos, eu me sinto parte dele. Então, é uma sensação muito boa, subir ali e entender que estou entre uma liderança sendo abraçado por ela e a abraçando também. Então, a Visão acrescentou isso em minha vida.

 

Temos percebido que você tem uma grande habilidade em renovar-se musicalmente, como se dá esse processo?

É o desafio de morrer para nascer novamente. Quando eu termino um projeto, tenho a sensação de que estou esgotando um ciclo na minha vida, e eu não gravo nenhum projeto sem que haja o esgotamento desse ciclo. Um novo projeto representa uma nova fase, uma nova estação mesmo e isso é um risco. Você vai para um projeto disposto a perder tudo, disposto a se esvaziar, na certeza e na fé de que Deus vai encher você com algo novo, com uma palavra nova, uma direção nova. Dentro do mesmo espírito profético, mas se reinventando em Deus, sem abrir mão da minha história (Deus cuida de mim, Aos pés da Cruz...), entendendo “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”, saber que há um maná, e a condição para experimentar desse novo maná é se alimentar com o que Deus me deu hoje e não guardar para amanhã, porque amanhã haverá um pão fresco. Isso é fé.

 

Você, como ministro de louvor, tem viajado o Brasil inteiro. Como você tem percebido o avanço da Igreja, principalmente da juventude por onde você tem passado?

A juventude, a Igreja, a música, sempre vai seguir a voz do líder. Não existe uma Igreja que caminhe prosperamente sem uma liderança clara, próspera. Não existe uma adoração que flui sem uma mensagem de adoração que desperte a Igreja. Confesso que a minha leitura da Igreja do Brasil está muito em linha com o que Deus está fazendo e falando através dos profetas. É preciso estar atento para entender o que Deus está falando, e, às vezes, Deus não vai falar através de você... Portanto, é necessário que haja humildade para entender que Ele poderá usar outro líder de louvor, outro ministro para falar à Nação, e você precisa estar em linha com isso, sem perder a originalidade, obedecendo ao Espírito.

 

Temos também experimentado um crescimento econômico que tem influenciado diretamente no desenvolvimento social do país. Como você avalia a participação da Igreja nesse contexto de mudança?

Tem uma avaliação espiritual visto que a Igreja orou muito e ora ainda por um Brasil próspero. A Igreja prega a prosperidade, mas não apenas isso, tem o aspecto de que (as estatísticas mostram que há mais de 30% de evangélicos) quando as pessoas se convertem, elas têm uma visão de ser um cristão melhor hoje. Então, a Igreja tem pregado muito a importância de você se qualificar para ser bom, a necessidade do cristão se especializar para ser o melhor, para experimentar o melhor. Eu acredito que isso vai, de alguma forma, repercutir, refletir, inspirar outras pessoas da sociedade. As pessoas hoje se convertem, daqui a cinco anos, são outras pessoas, e não apenas espiritualmente. Aquelas que não liam, começam pela Bíblia, depois são desafiadas a ler outras coisas, começam a buscar qualificação profissional, vão para a faculdade, os filhos crescem debaixo dessa mesma influência, a juventude começa a influenciar outros na escola. Então, a Igreja é a grande responsável pela prosperidade do Brasil.

 

Vários nomes estão surgindo no cenário da adoração brasileira. Qual sua avaliação a esse respeito?

Cresce, é um cenário que cresce, e precisamos ter muita humildade para entender que nem tudo acontece com você, e você não pode se fechar. Deus Se move, você não é o único. Não dá para ter a síndrome de Elias, de achar que é o único profeta. Eu tenho percorrido o Brasil e tenho visto muita coisa boa acontecer. A Igreja cresce muito, a dança, a arte, é tudo algo efervescente. Os músicos têm crescido, os jovens querem estudar música. Antes, as pessoas se dedicavam à música e hoje você percebe os conservatórios completamente vazios, mas, na igreja, você vê pessoas buscando crescer na música, são orquestras, corais.

 

Nesse contexto, há pontos negativos em sua avaliação?

O ponto negativo é quando a pessoa começa a se fechar, achando que esse mundo é só seu, que só você tem a música boa. Mas quando você descobre que as pessoas estão começando, que são limitados, mas estão buscando crescer, se aperfeiçoar, estão sendo treinadas e estão, sim, crescendo, têm palavra, têm visão, têm direcionamento, então está tudo certo. Eu falo por experiência própria. Se não fosse abraçado por uma Visão como eu tenho sido, estaria fadado ao esquecimento.

 

Deixe uma mensagem para os muitos brasileiros que estão ligados em nossa cobertura?

Façam desse meio de comunicação, dessa mídia, um grande instrumento de transformação, de promoção de sonhos, de construções. Esse é o meu desejo para essa moçada que vive nesse universo digital. Que você use isso para projetar coisas do Céu. Assim como as coisas invisíveis são reveladas no visível, que a juventude possa usar esse meio virtual para dar visibilidade àquilo que tem conteúdo, possibilidade de sonhos e realizações.