O Brasil dos brasileiros
Congresso de Porto Seguro marca o início de novo momento para a nação do avivamento, Brasil.

Segundo o Instituto Cristão de Pesquisa (ICP), os evangélicos crescem mais de 5% ao ano e se permanecer nesse patamar de crescimento, dentro de 20 anos o Brasil será uma nação evangélica. Essa pesquisa foi divulgada recentemente no jornal O Estado de S. Paulo e, se esse crescimento puder ser medido pelo que se viu ontem, dia 19 de abril, em Porto Seguro, extremo sul da Bahia, a estatística do ICP está de vento em popa. Mais de vinte mil pessoas participaram do evento de abertura da sexta edição do congresso de resgate da nação ratificando o progressivo número daqueles que clamam ao Senhor. E esses congressistas, presentes ao lugar onde o Brasil nasceu, clamam por um País livre!

	Liberdade é a palavra de ordem do congresso de Porto Seguro. A começar pelo espaço construído para abrigar a programação do evento: uma tenda gigantesca montada no estacionamento do Centro de Convenções. No centro da grande tenda, um palco temático com espaços para uma caravela, orquestra e coral. Ao fundo do palco, o inusitado: a floresta serve como
cenário. Ao anoitecer, luzes coloridas dão um tom bucólico às cenas e ao contexto das atividades do congresso.

Na abertura, o anfitrião, Bispo Arão Amazonas, referiu-se ao público como “nação do avivamento”. Como resposta, um misto de gritos e aplausos se ouvia. A Bispa Ester Amazonas leu Joel 2:16 quando o profeta convida o povo a congregar-se, até mesmo aqueles que mamam. No louvor, o Pr. Gilmar Britto cantou, em hebraico, a canção que embalou os congressistas: Mashiach!

Emoção na entrada das bandeiras dos Estados brasileiros. Mais emoção ainda na entrada de Fabiana Menezes (IEQ – Jundiaí/SP), bailarina que trouxe, envolta em seu corpo, a bandeira brasileira. Ela foi aplaudida de pé.

Chamados ao centro do palco, os Apóstolos Terra Nova convidaram os Prs. Antonio e Carla Melo, legítimos representantes de Portugal, para o primeiro ato profético do congresso. Os pastores portugueses misturaram a terra lusitana às terras de todos os estados brasileiros depositadas em um grande

recipiente de vidro. Em seguida, o Apóstolo Terra Nova orou para que na terra onde foi dito “independência ou morte”, haja “dependência e vida de Deus”. Com essa oração, o apóstolo fincou uma pequena bandeira brasileira presa a ramos de trigo. E disse: “Porto Seguro é a nossa base. E não creio que o vento que trouxe o navegador Pedro Álvares Cabral a essa terra foi ocasional. Creio, sim, que o vento do Espírito Santo conduziu aquele comandante a essa terra... a terra chamada Brasil”.

A partir desse momento, os Apóstolos Renê e Ana Marita Terra Nova passaram a cumprimentar com beijos e abraços a todas as bailarinas que estavam representando os Estados brasileiros. O mesmo gesto foi imitado pelos Prs. Antonio e Carla Melo, mas com um detalhe. Quando a pastora Carla cumprimentou a bailarina representante do Brasil houve muito choro e
pedidos de perdão. O auditório aplaudiu veementemente.

	Na segunda parte da programação de abertura do congresso, o Bispo Arão Amazonas convidou os políticos presentes a subirem ao palco. Do Amazonas vieram o Secretário de Esporte, João Mendes da Fonseca (Janjão) e a Vereadora Cláudia Janjão. A cidade de Porto Seguro foi representada por seu prefeito, Jânio Natal (PL) e sua esposa, Cristiane Ferraz. Após a
apresentação de cada político, o Apóstolo Terra Nova disse que três pilares carecem de mudança no Brasil: política, educação e mídia. “Em todos esses pilares, há esperança, e essa esperança é Jesus”, lembrou Terra nova.

Para Jânio Natal, o evento de resgate da nação não é apenas representativo para Porto Seguro e, sim, para toda a nação brasileira. “Esse congresso, desde seu primeiro ano, em 2000, traz à nossa gente muita paz. E diferentemente daqueles que vêm apenas pelo turismo, os evangélicos vêm e enlevam a estima dos
portusegurenses com alegria”, destacou o prefeito. Segundo ele, há um acréscimo variante entre 15 a 20 mil pessoas que participam do congresso. Isso fez com que a Secretaria de Cultura do município de Porto Seguro acrescentasse em sua programação de aniversário, que vai de 21 a 24 de abril, um dia especial dedicado aos evangélicos da cidade.

Esse momento finalizou com uma oração do apóstolo pedindo a Deus que sobre essa terra haja mais aliançados do que aliados. Assim sendo, a história do Brasil será plenamente preservada.

	Terra brasilis . A primeira peça teatral ilustrou o universo de um homem conquistador, que há cinco séculos, independente das circunstâncias, olhou para o horizonte com uma certeza: há terras a serem conquistadas. E agora os brasileiros são o resultado da coragem desse homem sonhador. Mas, uma pergunta pairou no ar: quem é o conquistador dos dias atuais? A resposta não poderia ser
outra: o conquistador já descobriu o Brasil, que precisa ser consolidado através de um ato contínuo de conquista. “Ser conquistador para esse tempo significa ter obtido essa conquista a peso de duro trabalho. Manter a conquista significa manter o conquistado em seu lugar, preservado, e continuar a tê-lo”, relata o Bispo Marcel Alexandre, produtor executivo do evento.

A peça entrou em seu auge quando atores desenharam uma tempestade em meio ao mar e como resultado as embarcações foram conduzidas ao Brasil. Escravos e seus imensos remos, ao som dos gritos de “remem, remem”, incrementaram as cenas que culminaram com a famosa “terra à vista!”. Do fundo do cenário, a cantora Ludmila Ferber, abraçada a uma bandeira,
cantou “Redime e sara”, uma canção de exaltação a conquista da nação brasileira.

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