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CONVENÇÃO DE MULHERES DE HONRA 2010
 
 
 

Libertas da raiz de amargura que gera esterilidade

Toda mulher amarga perde a percepção e tende a focar seus olhos só nos fracassos. Mesmo que as pessoas estejam no caminho certo e agradando a Deus, a mulher amargurada não consegue ver, perceber, porque a esterilidade a faz totalmente insensível, cega no entendimento.

 

Apóstola Ana Marita Terra Nova

Eu tive um lar muito equilibrado, apesar de perder a minha mãe aos 12 anos. Deus me deu a graça de gerenciar as minhas emoções, pois eu tinha tanta fome e sede de Deus, que eu não via mais nada a minha frente. Realizava tudo como precisava ser, mas centrei toda a minha vida em Deus.

Assim eu fui adestrada, de maneira que só o Senhor poderia fazer. Nunca permiti que nenhum tipo de raiz de amargura entrasse em minha vida. Porque aprendi o que a Bíblia diz: “Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós.” (Efésios 4:31)

Muitas raízes de amargura têm sido geradas em famílias e prejudicam, principalmente, as mulheres. Nós mulheres, somos mais tendenciosas para deixar brotar em nós a raiz de amargura que provoca rejeição e esterilidade.

Mical, a mulher amargurada

Saul, o primeiro rei de Israel, tornou-se um homem atormentado pelo espírito maligno (I Samuel 16:14). Com isso, toda sua estrutura familiar foi abalada. Ele deixou que a amargura tomasse conta da sua vida e passou a perseguir Davi, o seu sucessor, que só lhe fizera bem.

Saul entrou a sua filha Mical para ser esposa de Davi. Mical amava profundamente Davi, o que causou insegurança no pai da moça que se sentiu ameaçado. Um dia, porque Mical ajudou Davi a fugir da presença de Saul, este a entregou a outro homem (I Samuel 25:44), o que só serviu para agravar ainda mais a situação.

Mical se sentiu rejeitada e a raiz de amargura passou a fazer parte da sua vida. Porque é na família mesmo onde acorre o maior índice de rejeição. Mas, após a aclamação de Davi como rei de Judá, ele fez aliança com Abner para trazer de volta sua mulher Mical, que já estava casada com outro homem, Paltiel.

Mical, mais uma vez é arrancada de seu marido para ser levada de volta para Davi. Paltiel, chora a perda da esposa, que acompanha toda aquela cena... Quantas feridas abertas na vida dessa mulher por causa das imprudências dos homens. Como acontece, ainda hoje, com muitas mulheres que são abandonadas como se fossem objetos em desuso.

Mical, a filha do primeiro rei de Israel, é um ícone bíblico de alguém que se tornou amargurado por fracassar em sua vida sentimental e familiar. Infelizmente, o fim dela foi frustrada e estéril, porque a amargura gera esterilidade.

II Samuel 6:23, é um registro da fatalidade na vida de uma mulher que amou seu marido, mas que, por causa de problemas familiares, viu seus sonhos serem destruídos pelos erros do próprio pai. “E Mical, a filha de Saul, não teve filhos, até o dia da sua morte.”

Como mulher, Mical carregava uma raiz de amargura profunda na alma, pela dor da rejeição. A amargura fechou o seu coração, por isso não tinha sensibilidade para ser correspondida (morreu estéril), sem filhos. Mical teve sua alma violentada pelos erros do pai. A sua vida tornou-se em sequidão de estio.

Tudo o que Mical apresentou, por causa dos fracassos, foi mau humor, críticas ofensivas e frieza diante das situações. Em II Samuel 6, temos uma visão bem esclarecedora. Embora ela conhecesse a Deus, parecia que nada conseguia preencher o coração dessa mulher. Mesmo sendo esposa do novo rei de Israel, ela vivia triste e infeliz, por causa da raiz de amargura que foi gerada pela rejeição, foi-se fortalecendo na alma e lhe abateu até a morte, fazendo-a morrer estéril.

A amargura que assolou a alma de Mical que ela não conseguiu participar do avivamento que chegou a Israel, pelo contrário, a amargura foi expressada quando ela viu Davi dançando diante da arca. Nada conseguia alegrá-la. “E sucedeu que, entrando a arca do Senhor na cidade de Davi, Mical, a filha de Saul, estava olhando pela janela; e, vendo ao rei Davi, que ia bailando e saltando diante do Senhor, o desprezou no seu coração.” (II Samuel 6:16)

Em Judá estava acontecendo um grande avivamento, o Espírito do Senhor estava sobre Judá. O povo celebrava o retorno da Arca da Aliança nas ruas. Os israelitas cantavam e dançavam cheios de alegria em seus corações. E entre eles estava o rei Davi, celebrando a Deus com muitas expressões corporais pelas ruas de Jerusalém. Davi cantava e dançava com gratidão a Deus pelas vitórias concedidas.

Mical observava Davi de longe. A amargura cegou o seu olhar, toda sua percepção; ela só via decepção; ela não conseguiu discernir que o Espírito do Senhor havia se apossado do seu marido. No momento em que devia celebrar, Mical perdeu a grande oportunidade da sua vida. Ela acabou falando o que não devia e colheu resultado de esterilidade até a sua morte; morreu sem filho.

Toda mulher amarga perde a percepção e tende a focar seus olhos só nos fracassos. Mesmo que as pessoas estejam no caminho certo e agradando a Deus, a mulher amargurada não consegue ver, perceber, porque a esterilidade a faz totalmente insensível, cega no entendimento.

Quantas mulheres estão como Mical, com seus úteros espirituais fechados. Entra ano e sai ano e não conseguem gerar vidas, não ganham uma alma sequer para Deus? E ainda assim são críticas para condenar as que estão produzindo. Mulheres amarguradas que conseguem, muitas vezes, desestimular os que estão produzindo no Reino.

Há em nossos dias muitos cristãos semelhantes a Mical, muitas mulheres vivendo uma vida de esterilidade improdutiva no Reino do Senhor. Líderes que não conseguem fazer prosperar nenhum projeto. Não prosperam, não frutificam; só criticam. Ficam como Mical, olhando de longe, da janela, as coisas acontecerem ao seu redor. Só que da janela das frustrações veem apenas o que querem ver e apedrejam os que estão vitoriando. Mas Deus quer que o nosso útero biológico e espiritual sejam liberados para que possamos gerar filhos para o Senhor.

Não nascemos para morrer estéreis como Mical. Não podemos nos deixar ser tragadas pela amargura, pelos sofrimentos que maltratam. A alma com chagas precisa de cura. E a esperança está em Jesus. Jesus é a nossa esperança viva, que sara e cura a alma, ajudando-nos a remover toda raiz de amargura. O Senhor nos chama para entrar em outro nível.

E se você é mãe, precisa tomar muito cuidado com os seus filhos. Em parte, tudo o que Mical passou foi por culpa das rejeições adquiridas dentro do lar, do lugar que deveria ter gerado segurança na alma dela. Mas Saul também fracassou como pai. Conosco deve ser diferente. Nossa família precisa alcançar o lugar que é dela, e esse lugar é o lugar de honra. Nossa memória precisa ser ativada para a confirmação do Senhor a nossa descendência.

A família precisa voltar para o seu lugar de origem, de honra. As rejeições familiares são sérias e precisam ser tratadas, antes de serem evitadas. Toda rejeição na família causa uma cadeia degenerativa que desestrutura a base da comunhão familiar. É preciso tomar cuidado!

Não permita que a desintegração da base familiar entre no seu lar, na sua casa. Lute contra isso. Não abra brechas, não deixe entrar argumentos, por mais fortes que sejam.

Lute contra toda raiz de rejeição, de amargura que entra na alma para provocar esterilidade. Ajude outras pessoas a vencerem este mal. Você nasceu para frutificar. Não aceite a esterilidade como algo normal para a sua vida, porque não é. Deus quer levá-la a outro nível. Essa bênção é para você. Você ajudará as famílias a vencerem as crises de amargura que querem desintegrar as famílias, desestruturá-las. Lute contra tudo que Satanás quiser intentar. Vença-o.

Exerça autoridade e coragem, o que Deus tem lhe entregado nestes dias. Porque Deus é com você. Ele a ajudará e protegerá para que o anjo mal não faça visitação. Deus vai levantá-la em um nível de poder, unção e autoridade. E não haverá lugar para o diabo em nossas vidas, porque a amargura será removida e a memória será curada e preenchida pelo que nos dá esperança.