Congresso de Mulheres 20122
» PUBLICADO: 07.11.2012
Dependência Afetiva
Apóstolas Ester Amazonas e Rosângela Matos

O que leva uma pessoa à dependência afetiva? O que leva a mulher, em nome do “amor”, passar por tantas situações que a pessoa não sabe mais nem quem é?

Deus tem um projeto que não pode ser frustrado na sua vida. Você nasceu para impactar a sua geração. Só que Satanás, desde o início, nos destituiu do lugar que era nosso.

Vamos entender o que é o EU. O EU nos torna seres únicos. Somos formados ao longo da nossa infância, é a nossa identidade, a autoconsciência. Percebemos o mundo como nos vemos.

  O EU pode ser formado em dois ambientes:

. O de amparo, amor, aceitação, valor.

. O de desamor, rejeição, desamparo e desvalor.

Quando a nossa identidade está obscura, quando não sabemos quem somos, facilmente somos manipuladas e isso gera deformidades.

A pessoa que não sabe quem é coloca o seu conceito na mão do outro. Se a sua estrutura foi de desamparo, você terá a tendência a se relacionar com esses sentimentos e perceber o mundo assim: com desamparo, desvalor e desamor. Logo, a relação com o outro não será saudável, porque será uma dependência total do outro. E isso não pode acontecer.

Uma pessoa com o EU desestruturado gera dependência afetiva do outro por causa do medo, da insegurança. Isso faz com que a mulher, dentro do relacionamento, submeta-se a um agressor, pensando que é amor, quando na verdade é uma dependência afetiva e emocional.

A Bíblia diz que o verdadeiro amor lança fora todo o medo, porque o medo castiga, escraviza, gera dependência. Daí relacionamentos doentios que não trazem benefícios, antes só enfermidades. É como se a pessoa estivesse algemada ao outro. E o pior é que algumas mulheres pensam que isso é submissão.

A dependência afetiva é um vício. A pessoa não se apercebe que é viciada e passa por um processo de transferência que pode ser para os filhos ou para outro membro da família.

Assim como o viciado que fica sem a substância psicoativa, assim é para o dependente afetivo, ele passa pelos mesmos processos para se abster do agressor. A pessoa quer deixar de ser assim, mas é impossível para ela, só se tiver ajuda. Ela é capaz de passar até mesmo pela voz de Deus para ficar com o outro que a faz mal.

Quando amamos, respeitamos princípios. Por que estou tão envolvida nessa relação a ponto de desrespeitar aqueles que me amam e sempre estiveram ao meu lado?

Uma dica para você diagnosticar o que é normalidade e o que não é normal: tudo que acontece com você com muita frequência e afeta seu relacionamento com as pessoas que você ama e que amam você, busque ajuda de um terapeuta. Não siga a vida correndo riscos.

Existem vários tipos de violência, e uma das piores é a violência afetiva. Mulheres seguem as suas vidas correndo risco de viver uma infelicidade. O remédio não é separar, o remédio é você se tratar, buscar ajuda e cura. Assim como não adianta tirar o viciado de um lugar e colocar em outro, porque onde estiver buscará as substâncias psicoativas. Então, é o seu EU que precisa ser restaurado para que você se relacione pelas razões corretas.

O pano de fundo desse quadro é medo e insegurança. A mulher tem medo de perder o que para ela é amor e não é. Por dentro, é uma mulher que tem muito pavor de ser abandonada.

 Submissão

A submissão bíblica não indica inferioridade, medo, desvalor. Esposo e esposa têm igual valor como pessoas, mas diferentes posições hierárquicas no casamento.

Não é fácil recomeçar depois de um trauma, depois de um transtorno mental, tantas dores e patologias. Inclusive há mulheres que não conseguem se libertar por causa do que a psicologia chama de ganhos secundários.

  Ganhos secundários

A pessoa recebe alta da doença, mas adquire ganhos secundários, como fazer com que a família se torne dependente dela.

Por que a dependência emocional é uma doença? Porque anula o EU e faz com que somente o outro apareça.

A saúde no relacionamento está em amar sem opressão, sem desvalor.