Beatriz Teixeira
O senhor passou há pouco tempo por uma situação de saúde, onde comprovou mais uma vez a fidelidade de Deus na sua vida. Conte-nos um pouco sobre isso.
Quando eu vim de São Paulo para Manaus, em Junho de 2011, estava fazendo um checkup. Em Manaus, fui me envolvendo com o trabalho e não terminei. Depois de um tempo, eu sentia que estava precisando me cuidar. Então, há uns 6 meses comecei a fazer um novo acompanhamento, e há uns 60 dias, Deus me incomodou novamente para ir ao médico e levei os exames que tinha em mãos, inclusive aqueles realizados há um ano e meio atrás. Quando ele viu os laudos, me enviou diretamente para o exame do cateter. Quando o resultado do cateter saiu, o médico que me acompanhava estava viajando e só retornaria com 10 dias. Resolvi, então, não esperar e ir a outro médico no outro dia. Eu não tinha ideia, mas a situação estava tão grave, que da consulta mesmo já fiquei internado, pois estava com 99% das artérias lesionadas. Esse lesionamento foi consequência da intoxicação pela bílis, em um outro problema de saúde que tive em 2009.
Queria viajar para São Paulo para fazer a cirurgia lá, mas os médicos disseram que não era recomendado. Eu poderia ter um infarto fulminante durante o voo. Fiquei internado, esperando a liberação do Plano de Saúde para todos os procedimentos cirúrgicos, e na madrugada antes da cirurgia, eu estava com a pressão 18x12 e os batimentos cardíacos 49 (bpm).
Eu sabia que Deus estava no controle de tudo, porque a olhos humanos já era um milagre eu ainda estar vivo. Deus conduziu tudo e permitiu que uma equipe de São Paulo estivesse aqui em Manaus, e eu não precisei fazer a cirurgia de peito aberto, fiz uma angioplastia, inclusive sem anestesia. Hoje eu tenho quatro stents no peito: três safenas e uma mamária. Em tudo, vi a fidelidade de Deus na minha vida e na minha família.
O tema do Seminário de Honra este ano enfoca a Fidelidade e a Lealdade. Fale-nos um pouco sobre seu entendimento a respeito desse assunto.
Nessa revelação agora, entendo que falar de lealdade vem como um ciclo fechando tudo que já vínhamos aprendendo sobre fidelidade. A meu ver, o maior desafio é o confronto conosco mesmos. O leal primeiro vence a si mesmo. Se você quer saber se você é leal, veja primeiro a si mesmo, e saiba se Deus aprova você como alguém fiel e leal.
O MIR hoje possui três Setoriais, e o senhor lidera uma delas. Como anda o trabalho na Setorial Sul?
Nós estamos no desafio. No dia 8 de Abril, faremos um ano. Entramos num prédio que era uma casa de forró, toda deteriorada. Fizemos uma reforma, unidos com 40 discípulos desafiados. Hoje estamos com aproximadamente 400 discípulos. A grande bênção é que temos conquistado novas vidas. Esse crescimento não é fruto de migração, mas de conquista. Tem sido um trabalho tremendo. Eu e a Apóstola Márcia temos nos empenhado. Temos feito uma campanha de 9 meses, orando todos os dias. A Apóstola Márcia tem feito um excelente trabalho com as mulheres e eu com os homens. Nossa surpresa foi que pensávamos que cresceríamos pelos discípulos que já tínhamos na Igreja, mas não, a grande maioria foi conquista.
Dê uma palavra final para os internautas.
Reflitam sobre tudo que vocês estão acompanhando neste Seminário. O maior segredo da liderança está na fase da formação, no caráter forjado na fidelidade e na lealdade. A lealdade ao líder é uma marca que não se encontra em homens comuns, e somente os escolhidos por Deus entendem isso. Não é fácil. Você pode até fingir que é fiel, mas a lealdade é algo que é sobrenatural e será provada na sua vida. Vale a pena ser leal, pois este é o coroado do discipulado, de colher os frutos que são promessa de Deus para todo aquele que é fiel e leal.
