Jess Mikelem

Apóstolo Huston, como o senhor se converteu?

Eu me converti com dezesseis anos de idade, em uma praça pública de Fortaleza, durante um culto no qual fui a convite de um amigo que me evangelizava. Então, entreguei meu coração a Jesus e tive uma mudança radical em minha vida. Conheci tudo o que Deus queria para mim, e cada dia de conversão era algo novo que eu conhecia de Deus.

O senhor já sofreu algum preconceito por ter sido ungido Pastor com dezoito anos? Qual foi o caso mais engraçado?

Já sofri preconceito, críticas , mas não me importava, pois estava centrado naquilo que Deus tinha pra mim, e sem olhar para as adversidades. O caso mais engraçado foi quando um casal de pastores mais experientes me perguntou se eu era da igreja e eu disse que era, e eles disseram que eu era muito novo pra isso, que não devia entregar a minha vida assim, que devia aproveitar mais pois era muito novo, achei engraçado pastores terem dito isso a mim.

E como foi a reação de sua família e amigos com a sua unção Pastoral?

Foi muito natural para eles por que eu estava muito envolvido na igreja e já me chamavam de Pastor. Todo mundo que gostava de mim ficou feliz em saber que a partir daquele momento eu era Pastor, pois sabiam que essa era a minha chamada.

O senhor já chegou a perguntar para Deus o porquê de ter sido chamado para ser Pastor?

Sim, nos primeiros dois anos do meu ministério eu perguntava para Deus se era isso mesmo que Ele queria para minha vida e, todas as vezes, Deus, através de orações, ministrações, confirmava. Era como se eu fosse chamado novamente, pois, a cada dia, Ele confirmava ainda mais o meu ministério.

Como o senhor se sente em ser o Apóstolo mais novo do Brasil, ao ter sido ungido com 29 anos?

Para mim, é um desafio e, por eu ser mais novo, tenho que me concentrar naqueles mais experientes, que entendem mais do que eu. Tenho duas vantagens: uma é que aprendo a não ir por caminhos que alguns já andaram e erraram; a outra é que tenho mais tempo para fazer a obra de Deus.

Qual foi a reação ao saber que seria ungido Apóstolo? 

Foi uma surpresa agradável, grande honra. Disse pessoalmente ao Apóstolo Renê Terra Nova que ele era um pai que estaria investindo na vida de um filho, e, naquele momento, quando ele me chamou para um Ministério Apostólico, senti-me mais filho ainda do que eu já era. E o que Deus está fazendo na minha vida depois dessa unção é maravilhoso: crescimento espiritual, emocional, de maturidade e compreensão do Reino de Deus. Tudo isso foi muito ampliado. Hoje eu tenho certeza de que a unção apostólica foi para eu servir a Deus com essa unção.

É verdade que na sua unção Pastoral, Deus o chamou de Benjamin e na sua unção Apostólica, também ?

É sim. E Benjamin era o mais novo. Ele corria em busca da caça; era o lobo rasgador, dividia a caça com os seus irmãos. Então, entendi que eu seria o mais novo, mas para servir os meus irmãos, e servir bem.

Qual é a sua palavra para jovens no quesito ministério?

Ouvir Deus chamar, acreditar no chamado de Deus e não se preocupar com o que você tem, mas com o que você é na chamada. Quando um jovem é chamado para um ministério, ele tem a vocação, mas tudo dentro da chamada quem vai dar é Deus, e, quando Ele chama, é Ele quem capacita. Isso é muito importante porque quando Deus chama, não interessa a idade, estatura ou cor.