Uma geração de pais modelos




Apóstolo Renê Terra Nova

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.

Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.” (João 14:6-11)

Hoje eu quero demolir fortalezas e pensamentos que se levantam com altivez contra Deus. Eu creio que estou diante de homens e mulheres de fé. Refiro-me às mulheres, porque sei que os sacerdotes investirão nas esposas e, juntos, investirão nos filhos.

O texto de João relaciona um pai, um filho gerado por esse pai, e uma casa, casa segura e firme. Desde sempre, o povo de Israel sabia que o Messias era o único que poderia dar uma casa firme para eles. Mas, existe algo que é extremamente perturbador, e que contraria pessoas que são arrumadas emocionalmente, o desdém que entra em relação ao pai, família e a morada segura, revelando uma falta de inteligência, como vemos na história de Filipe.

Jesus Se anunciou como o Caminho, a Verdade e a Vida. Não era apenas uma palavra, era o próprio Deus dizendo quem Ele era. E anunciou que iria para preparar lugar e voltaria para nos buscar. Mas Ele não voltou, apesar de dizer que voltaria sem demora. Mas os pensamentos humanistas têm retardado a volta do Messias. Fato é que se Ele não voltar, nós precisamos ir até Ele.

A má formação no nosso caráter, a incredulidade e a murmuração têm afastado até os homens de Deus, de Deus. Foi assim no deserto também. O povo não morreu de fome, mas a incredulidade, além de matar, anulou o legado de uma geração.

Uma geração de pais modelos é aprovada por Deus em todos os seus caminhos. Por isso, Jesus entra no discurso e mostra que devolveria todos para o Pai. Eles precisavam conhecer o Pai de forma a ficarem constrangidos em saber como era o Pai.

Na história, vemos que Filipe foi usado, por causa da cultura grega, para roubar a paz de Jesus. Tanto que pediu a Jesus: “Mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Assim como alguns discípulos fazem, vêm até nós para roubar a nossa paz.

Sacerdotes inteligentes emocionalmente se associam à mente do líder e não à mente oportunista e incrédula. Observe que Yeshua estava caminhando e trabalhando para transição de mente, mas vem Filipe para querer desconstruir o que o Mestre estava construindo.

Então, encontramos uma das palavras mais duras do discipulado: o descartar do pai, mesmo diante de tantas benesses que o discipulador havia feito. Sabe, querido, se a sua identidade de pai não estiver resolvido, você não consegue respeitar o discipulador que Deus lhe deu.

Não podemos construir nada com desonras. Vemos isso também na vida de Tomé, que incredulizou a ressurreição do Messias. Como pode um discípulo querer meter o dedo na ferida do líder? Quantos discípulos são como Tomé! Lamentável! Em contrapartida, graças a Deus, também existem discípulos que querem o melhor para o líder.

A vontade de Tomé era meter o dedo na ferida, no lugar de dor, do coração. Há uma geração que faz questão de ferir o coração do pai. Mas também há uma geração de sacerdotes movidos na inteligência emocional que buscam agradar o pai.

Jesus chegou diante de Tomé e disse que ele poderia tocar. Naquele momento, Tomé cai rendido, reconhecendo a autoridade do pai e desejoso de não mais ferir o pai.

Na vida de Filipe, encontramos um momento lindo e marcante, quando ele é transportado em arrebatamento para dizer ao eunuco quem é Jesus. Porque pessoas movidas na inteligência emocional vão no Espírito e são arrebatadas para o sobrenatural.

Tomé e Filipe passaram a ser gêmeos de Yeshua. Hoje acontecerá o mesmo, porque fazemos parte da geração que reconhece a paternidade e vivem ativados na inteligência emocional.

É tempo de nos arrependermos por todas as vezes que ferimos nosso Senhor e escolhemos Dídimos errados para a nossa alma. Nossa chamada é para sermos Dídimos do Messias e não andarmos como o antigo Filipe, que questionava a Deus e proibia o Messias de ser Pai.

A pergunta é: Quem sou eu? Todas as síndromes que revelam falta de inteligência precisam ser removidas da nossa mente. Como sacerdotes, precisamos ser apaixonados por Deus.