Geração de Sacerdotes com Inteligência Emocional





Vivemos um tempo no qual travamos a maior de todas as guerras. Essa guerra é dentro de nós, é com a nossa mente. Tudo é construído a partir da nossa mente. Se vivemos saudavelmente nesta geração, é porque nossa mente está construída de forma favorável para Deus e para os princípios da Sua Palavra. Se somos vencidos, é porque fomos atingidos pela arma do inferno que quer roubar o propósito de Deus na nossa vida, gerando conflitos e demolindo os princípios sagrados.

Ao mesmo tempo em que somos beneficiados pelas facilidades do século, também temos que aprender a vencer o que esta geração oferece com seus comportamentos e propostas para demolir os princípios e fazer com que a Igreja de Cristo desaprenda e desconheça as verdades da Palavra de Deus que nos alerta em II Coríntios 4:4. “...nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”

Não somos produtos do meio! Sabemos exatamente de onde viemos, onde estamos e para onde voltaremos. Não nos tornaremos o que o mundo quer que sejamos. Não cederemos ao padrão introduzido através do humanismo, que cada vez mais tem ocupado um espaço maior e quer demolir os princípios do Reino pelos quais devemos nos mover, como sacerdotes segundo o coração de Deus.

Como vencer nesta Geração

A proposta do mundo é que cada um na sociedade faça o que quiser. Dessa forma, a célula principal, a família, será extirpada. Exatamente como vemos hoje. Todas as lutas por ‘liberdade’, nada mais são do que lutas para atingir a família.

A verdade é que hoje a doutrina cristã guerreia para se manter de pé em meio a uma sociedade pervertida e perdida em conceitos e valores errados. E, infelizmente, por causa do testemunho de alguns líderes, o Evangelho ficou desacreditado.

Precisamos nos levantar com inteligência emocional para não cairmos nas astutas ciladas do inimigo. Afinal, nosso padrão de vida tem que ser pautado na Palavra. Nossa chamada no Reino é ser inegociável, principalmente no que é concernente à nossa fé, ao nosso sacerdócio. Para vencer, precisamos:

1. Estar vigilantes

É verdade que precisamos ser homens de oração, mas, antes de orar, a Bíblia nos manda vigiar. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mateus 26:41). Porque muitos oram e não vigiam, caem em pecado ou vivem desorganizadamente, fora do padrão das promessas bíblicas.

Por falta de vigilância, cristãos têm se perdido nos benefícios da tecnologia e caminhado por rotas duvidosas. Isso tem feito com que se distanciem da Palavra e deleitem-se nas Redes Sociais. Ali se prendem e se perdem se não tiverem maturidade suficiente para gerenciar tantas situações. O resultado é uma vida que perde o crédito e deixa de viver o Reino dentro da proposta da chamada bíblica.

2. Exercer o sacerdócio

Vivemos em uma guerra terrível na alma. Se não vigiamos, somos seduzidos por propostas que vão de encontro ao Reino de Deus e têm como alvo principal destruir a nossa vida e a nossa família na sua essência. Sei que isso é impossível, visto que os planos de Deus são eternos para nós e para a nossa casa. Mas não podemos negar o quanto o sacerdócio e a família têm sido enfraquecidos pelos modelos do mundo.

Se fizermos uma reflexão sobre o modelo de família bíblica e o modelo de família atual, concluiremos quão longe estamos do que Deus quer para nós e do Seu projeto inicial. O respeito foi perdido e a relação entre pais e filhos ficou estremecida. Isso porque quando o sacerdócio não é exercido, o espírito deste século causa interferência no lar.

Quando, dentro de uma casa, o sacerdócio é exercido corretamente, o diabo pode até tentar, mas não consegue fazer visitação na família. Dessa forma, o casamento se mantém firmado na Rocha, Jesus, e os filhos são conservados como colunas lavradas na Casa do Senhor. Então, uma descendência é perpetuada pelo legado construído não por palavras evasivas, mas pelo testemunho que edifica.

3. Bloquear o mal

A Bíblia diz que, com o escudo da fé, podemos vencer todos os dardos inflamados do maligno (Efésios 6:16). As maiores setas que enfrentamos não são físicas, mas emocionais. Durante o dia, se não estivermos atentos, milhares de situações surgem colocando dúvidas no coração para gerar incredulidade. Não é fácil!

Creio que quanto mais atingidos, mais incertezas, mais dúvidas, mais fundamentos contrários se levantam para remover da nossa mente as certezas da Palavra de Deus e o quanto ela é verdadeira e se cumprirá, quer acreditemos ou não.

Se dúvidas e incertezas permeiam a mente, a fé deixa de existir para dar lugar à incredulidade. Esse é o mal do século que precisa ser bloqueado na mente do sacerdote. Caso contrário, ele passará a ver como normal o que é anormal, de acordo com os Princípios Bíblicos.

Precisamos bloquear o mal para não misturarmos o santo com o profano, visto que o Reino de Deus é inegociável. Se não estivermos atentos, afastamo-nos de Deus e nem percebemos. Aos poucos, perdemos o prazer de buscar ao Senhor na intimidade, como a Palavra diz que deve ser.

4. Ser agentes de mudança

Não vivemos nesta geração por acaso. Não servimos a Deus como peças de enfeite, apesar de embelezarmos o Seu Reino. Deus quer nos usar como agentes de mudança. A chamada para nós, sacerdotes, é para nos movermos nesta geração com inteligência emocional. Só assim produziremos a mudança que o mundo necessita.

Ser agentes de mudança é tão-somente viver a Palavra de Deus com todas as orientações que ela tem para nós. O mundo precisa ver que nossa proposta é diferente, que apesar das perseguições contra a nossa fé, não vivemos uma religião, vivemos a Redenção.

Somos chamados de nação eleita, povo de propriedade exclusiva de Deus, o que nos faz sacerdócio real (I Pedro 2:9,10). Se somos tudo que a Bíblia diz que somos, por que não mostramos ao mundo com nossa vida, com inteligência emocional que não somos um povo manipulado e que não aceitamos os conceitos e valores errados, ainda que, muitas vezes, tenhamos de conviver com eles?

5. Viver os Princípios

Um sacerdote não consegue ser agente de mudança se não viver pelos Princípios Bíblicos. No mundo de hoje, quando o homem vale mais pelo que tem do que pelo que é, temos que mostrar que somos a expressão da glória de Deus e vivemos para servir o Deus Vivo.

Nosso Deus é Justo e Fiel! Ele compensa e recompensa os que vivem sem negociar o que têm de mais precioso na Terra: a Salvação. Tudo que construímos pelos Princípios permanece de pé, mas quem não vive por eles está fadado à ruína.

Viver os Princípios fala de não se deixar persuadir pelas construções de raciocínio que vão de encontro à Palavra de Deus e não ser enganado por este mundo que jaz no maligno. Antes, precisamos deixar que o poder de Deus, que em nós opera, flua de nossas vidas para transformar a vida de outros, como está escrito em II Coríntios 10:4-6.

6. Agir com santidade

Como homens de Deus, sacerdotes escolhidos pelo Eterno, não podemos ser como alguns que afirmam viver em santidade, discursam sobre ela, mas, na prática, deixam muito a desejar. Suas atitudes mostram que realmente o deus deste século lhes cegou o entendimento. E quando isso acontece, a Bíblia tem um nome: incrédulos (II Coríntios 4:4).

Nós, que temos Jesus no coração, devemos ser diferentes e agir em santidade. Isso implica todo o nosso procedimento, ou seja, em tudo, precisamos ser santos. Afinal, quem nasceu de novo recebe uma mente renovada e transformada pela Palavra de Deus.

No Reino de Deus, não há meio termo. Ou somos, ou não somos. Não servimos a Deus pela metade, pois Ele mesmo diz que a Sua glória não é dividida. Logo, ou somos santos, ou não somos. E quem é santo não diz que é e age contrário à santidade.

Agir em santidade é não compactuar com erros, argumentos e pecados. Não podemos aceitar o imoral como moral, o profano como santo, a mentira como verdade. “E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro.” (Ezequiel 44:23). Pecado é pecado, tem nome, e o pecador precisa ser confrontado para haver mudança.

Cristãos são descendentes de Cristo, e devem ser santos em toda a sua maneira de viver. “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” (I Pedro 1:15). Se temos a mente de Cristo e somos cidadãos dos Céus, nossas ações devem ser pautadas na santidade.

Infelizmente, temos visto muito pecado no arraial. Quem deveria ser exemplo nas atitudes tem sido vergonha. Meu Deus, onde vamos parar?! Se a chamada é santidade, vamos viver e agir em santidade. Isso é ter uma vida com inteligência emocional e que vence os conceitos destrutivos deste mundo.

7. Ser Igreja de Cristo

Ser Igreja de Cristo, entender que somos templo do Espírito Santo, é o nosso dever. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Coríntios 3:16). Somente sob esse entendimento, viveremos a plenitude do que o Pai tem para nós e nos levantaremos com ousadia para transformar a nossa geração, exercendo o sacerdócio que a nós foi confiado.

Quando agimos com inteligência emocional, estamos comprovando que fazemos parte do Reino de Deus e não temos parte com o reinado do anticristo. Somos discípulos de Jesus e não cederemos aos prazeres deste mundo que insiste em nos seduzir para vivermos fora do arraial.

Não erraremos o caminho que nos está proposto. Nossa missão é muito linda! Somos comissionados a levar milhares de milhares a Cristo, não pelo que falamos, mas pelo que vivemos.

As pessoas precisam ver que somos a Igreja de Cristo na Terra. As pessoas precisam ver que mais que falar de Jesus, vivemos Jesus, porque Ele habita dentro de nós.

Como Igreja de Cristo, vamos construir o Reino de Deus por onde formos, pois somos profetas usados por Deus para revelar o que está escondido para aqueles que ainda não caminham nos mesmos passos que nós.

Levaremos salvação, libertação, cura, restauração, tomaremos a posição que nos é devida e avançaremos. Veremos o resultado da vida de Deus na nossa vida, formaremos outros com a mentalidade de Cristo, que terão prazer em viver a Palavra de Deus e se alegrarão em ir à Casa do Senhor.

A Igreja de Cristo precisa reagir! Apocalipse diz que devemos guardar a coroa da nossa Salvação, isso significa que se não vigiarmos, podemos colocar em risco a Salvação. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Apocalipse 3:11)

Nosso alvo é o Céu, nossa chamada é para vivermos em plena comunhão, com abundância de vida. Nós somos uma Geração de Sacerdotes movidos com Inteligência Emocional.