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Publicado: 12.02.2013
Vencendo os limites da alma
Apóstolo Marcel Alexandre

 

Somos seres com limites. E quando falamos de limites e limitações, devemos lembrar que tudo isso obedece a princípios, e são lícitos, portanto precisam ser amados, respeitados.

 

O Salmo 148 diz que Deus criou tudo e deu limites que jamais serão ultrapassados. De igual modo, Deus colocou em nós limites para que não ultrapassemos. Mas existem limites e limitações na alma que não convêm, porque são imposições colocadas por feridas. Ser limitado, como ter medo do escuro, é uma limitação que precisa ser vencida, pois não foi colocada por Deus.

 

Limitações ruins na alma precisam ser vencidas. Deus não coloca nada em nós que seja ruim para que sejamos levados ao inferno. Ou seja, quando Deus criou o homem ele fez com espírito, alma e corpo, e Deus disse que era muito bom. Fomos criados para o louvor da glória do Senhor.

 

Precisamos restaurar o amor pela nossa alma, afinal é a alma quem nos faz amar o outro e rejeitar o que é ruim. Então, o que precisamos? Existe o problema teológico de entendermos o homem espírito, alma e corpo. Muitos desenvolvem sentimentos errados em relação à alma, como se ela não fosse boa. Mas quero lembrar o que está escrito em I Tessalonicenses 5:23, que diz que devemos preservar irrepreensíveis espírito, alma e corpo.

 

O homem tem:

 

. O corpo – realidade humana que toca o mundo. O corpo não é uma casca de escravidão da alma e do espírito. O corpo é um todo e se comunica com a vida do homem no mundo, na matéria.

 

. A alma – sentimentos, emoções, vontades.

 

. Espírito – que toca o Espírito de Deus.

 

Vamos olhar para os textos de I Tessalonicenses 5:23 e Hebreus 4:12,13. Um dia todos nós estaremos diante de Deus prestando contas do que fomos na Terra. Estamos aprendendo sobre alma, sobre os conflitos que vivemos na alma, etc, e isso é natural em nós; são os impulsos naturais na alma.

 

O que nos leva a vencer os limites, aquilo que é negativo na nossa alma? Mergulhar nas realidades divinas. Quando convivemos com a realidade divina e com os desafios bons, com os alvos e propósitos que Deus estabeleceu na nossa vida, saberemos operar sobre os limites que a nossa alma impõe.

 

O que tem acontecido, então? Estamos vivendo como pessoas genéricas. Não temos mais especificidades. Ora, Deus nos criou com um ideal de missão. E o que vai ajustar a nossa alma é descobrir quais são as nossas missões em Deus. É então que vamos poder descobrir as nossas limitações e buscar vencê-las.

 

Uma pessoa que tem a especificação de mecânico não pode arrumar um emprego de bombeiro, por exemplo. Só que há pessoas que pensam que podem fazer tudo e qualquer coisa. Isso é um abuso. Não podemos trilhar um caminho de qualquer coisa. Apenas em um caminho específico da vocação e do chamamento de Deus para a nossa vida é que todas as coisas estão plenamente prontas.

 

Se você entender e estabelecer essa realidade na sua vida, de que o próprio Deus de paz é quem nos santifica, Ele mesmo vai dirigir a nossa vida numa realidade de missão que temos da parte do Pai, e toda realidade equivocada vai ter que sair, em Nome de Jesus.

 

O que determina uma alma feliz é a convicção de que precisamos saber lidar com nossos limites. Então, poderemos viver mais felizes para o que Deus nos chamou.

 

Muitos na questão da alma, vivem tão confusos, que não querem nem lembrar o que viveram no passado. Eu, na minha história de vida, viveria tudo novamente se fosse para que eu tivesse a experiência que eu tive e para ver Cristo sendo formado em mim.

 

Todos nós precisamos desenvolver uma relação com o Deus de paz, porque a Bíblia diz que é o Deus de paz quem nos santifica em tudo. A verdadeira paz consiste no pleno estabelecimento da vida de Deus em nós. É Deus quem vai nos santificar, separar, para nos tornarmos missionários de missões extraordinárias. O Deus de paz nos faz ser diferentes e nos faz viver o sonho de Jesus Cristo de Nazaré, uma Igreja santa, sem mácula e sem ruga, a Igreja que Ele virá buscar.

 

O Deus de paz não está em nós para não vivermos mais a guerra. O Deus de paz é o Deus que mesmo havendo dificuldades, tudo permanece inabalável, na firme esperança de que iremos para o melhor.

 

O grande problema das nossas feridas, das ações de Belial, dos abusos que sofremos, tem a ver com o fato de estarmos afastados de Deus. Vivi em um lar no qual minha mãe cuidava de 13 filhos e era impedida de trabalhar pelo meu pai, porque ele acreditava que era da responsabilidade do homem sustentar a casa. E a nossa casa de 13 filhos viveu muitas dificuldades.

 

Na nossa adolescência, vivemos os mesmos conflitos de todos. Buscávamos poder, saber quem era o preferido, enfim, as crises normais de insegurança de um adolescente. Hoje, amadurecido, olho para a realidade de vida dos meus pais e penso que eles foram os mais fantásticos. Sabe por quê? Porque eu me encaixei na minha missão e entendi que é o Deus de paz que me capacita para uma vida santa, de paz e de êxito.

 

Sei que Deus me santifica em tudo, me limpa em tudo. A santidade de Deus em nós além de nos santificar dia após dia, vai também santificar os que estão ao nosso redor. E isso não é discurso de religião, porque quando nos encontramos com Deus, nós nos encontramos com a nossa essência e a nossa vida floresce.

 

Deus é um Deus que além de paz é também Deus de amor. É o amor de Deus que nos cura e cura os que estão ao nosso redor. Muitos que fazem parte da minha história e que foram instrumentos de feridas na minha alma, vivem hoje experimentando o que Deus fez na minha vida, após eu vencer os limites da alma.

 

Quando vencemos os limites da alma, entendemos que fomos criados para o louvor da Sua glória. Esse é o nosso ideal de missão extraordinária aqui na Terra. Por isso, Deus diz que devemos ser irrepreensíveis. É porque Ele consegue nos ver através da Cruz de Cristo.

 

Eu insisto que precisamos viver mergulhados em Deus, pois são os atos de Deus que vão promover ajustes. Não podemos nos mover pela nossa justiça própria. Se queremos ser agradáveis diante de Deus, precisamos nos mover pela justiça que passa pelo Trono de Deus.

 

O Apóstolo Paulo diz que devemos ter o mesmo sentimento, a mesma alma de Cristo Jesus. Ele era Deus, mas deixou a Sua glória, Seus direitos e legalidades, para ser Homem como nós. Jesus tomou a forma de servo e morreu na Cruz, como um maldito. E por causa do esvaziamento de Jesus, estamos aqui e com a mesma graça podemos contar ainda hoje e sempre para vencer.

 

Não podemos ser uma igreja mergulhada na Psicologia, mas mergulhada nas ações divinas que transformam a nossa alma. E é com isso que eu conto para viver aqui na Terra, sob os cuidados de Deus que pontuam todas as coisas na vida do cristão.

 

 
 
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