Eduardo de Castro

O que diferencia um evento de outro no MIR? Os momentos de louvor, a palavra ministrada, a unção, o tema? É, pode ser tudo isso, mas esta é apenas uma perspectiva. Há coisas que só são identificadas no espírito sensível: os acréscimos de conhecimento, a renovação da fé, do fortalecimento do ânimo e, no caso deste congresso, algo que deveríamos fazer sempre: a Revisão.

Que palavra responsável! E como precisamos dela. Quem trabalha com revisão de texto, por exemplo, sabe o universo de responsabilidades que ela implica. Falo com experiência de mais de dez anos. Uma única palavra errada, não revisada, pode mudar o sentido de uma página, de um poema, de uma música, e... como atrasa um trabalho. Quer outro exemplo sério? Carros. Um carro sem revisão põe em risco vidas que amamos. Você percebe os sentidos paralelos do que quero dizer?

Em dias de valores invertidos, nada como rever os nossos, para não causarmos resultados errados. Então, vamos aproveitar ao máximo este congresso. Veja a seguir um pouco do que desfrutamos nesses momentos:

Nesta noite, a Bispa Rachel Castro, inspirada em Marcos 2, na palavra do paralítico e seus quatro amigos, enfatizou: “Estamos revisando valores na consolidação, que exige a superação de nossos limites”. Ela disse isso em relação às muitas e diversificadas lutas que um discipulador enfrenta no trabalho de cuidar das vidas, situações difíceis nas quais o discipulador deve mostrar a solução.

Uma frase da Bispa não pode passar despercebida: “Não desista, não abra mão do plano de consolidar seus discípulos, ainda que...”. Neste momento, ela interrompeu até meio irreverente, mas sem perder a seriedade: “Aí você coloca os seus ‘ainda’”. Concluindo, ela declarou: “A consolidação é a arte de se dar sem esperar nada em troca. Você é um solucionador!”.

Na sequencia, houve um quebrantamento sob o louvor “Ressuscita-me”, ministrado por Shelley Moraes e pelo Apóstolo Renê Terra Nova, que também orou muito emocionado, chorando pelas vidas que estão vivendo nesta data a falsa alegria do carnaval.

A emotividade na oração foi uma ilustração do que viria a seguir, a palavra principal da noite. A palavra-chave foi paixão, com base em Romanos 5:1-3. O Apóstolo afirmou no seu discurso: “Homens de paixão têm uma medida de fé, de comprometimento. A paixão é uma ordem divina”, e completou: “Paixão está relacionada a resgate de vidas. Este ano vamos nos reaproximar das vidas que perdemos”.

O Apóstolo ainda ensinou: “A única vez que se permite paixão na teologia é para trazer vidas para Deus, na Cruz de Cristo, o Apaixonado que decidiu fazer residência nas nossas vidas”. Complementando, ele foi incisivo ao engastar no discurso um sentimento importante: compaixão. Exemplificando a palavra, disse: “É aquela cena que move suas emoções, que lhe faz chorar”. No ensejo, ele chamou a atenção sobre olharmos as pessoas que estão perdidas nesta festa de carnaval e chorarmos por elas. Referindo-se à liderança, afirmou: “Seja o primeiro a se apaixonar pelo seu líder, e hoje vamos estar resolvidos diante de DEUS. E seja um líder apaixonado”.

O Apóstolo também falou sobre o que devemos fazer para encontrarmos a compaixão: descer da vaidade, da soberba, do orgulho. Como exemplo, ele citou Jesus que, sendo Deus, por compaixão pelo mundo se despojou desse privilégio, para salvar a humanidade. “A compaixão é o cálice cheio da vida de Deus, e devemos ser também esse cálice de destino para as vidas que estão ao nosso redor. Nosso destino é buscar vidas. Você vai fazer uma colheita absurda, pela compaixão”, sentenciou.

Após a ministração, em clima de Fruto Fiel, foram apresentados os discípulos do Apóstolo Mauricio e Bispa Rachel Castro, Apóstolo José e Pastora Francilene Monteiro, Pastores Mikeson e Heloisa Cordeiro, Pastores Douglas e Suzy Araújo e Pastora Neuza Nardi.

Tamanha foi a unção na palavra que se ouvia nos bastidores do congresso: “Que palavra!”, “Que vontade de voltar a ter paixão!”. A ministração completa do Apóstolo você pode ler no link ministrações, no site do MIR.