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Inteligência Emocional no Discipulado um a um
Ap. Arão e Bispa Ester Amazonas

Qual a importância que temos no discipulado um a um? Precisamos consolidar e exercer compaixão, mas, e depois, que atitude você deve ter no discipulado individual, no trato com as pessoas?

Se tomarmos Davi como personagem de discipulador de êxito, podemos lembrar que ele formou valentes que quando chegaram até ele, vieram amargurados, cheios de problemas de ordem pessoal, etc. Mas Davi pegou aquela equipe de homens complicados e os transformou em homens guerreiros, em valentes guerreiros do Senhor.

Quando falamos em inteligência emocional, uma característica muito forte de Davi, podemos entender que também pode ser aplicada aos nossos dias. O que vemos hoje é que na educação tradicional, portas são abertas para que as pessoas se tornem exitosas em diversos níveis da vida, como o profissional, mas isso não significa que a inteligência emocional abrirá portas no trato com os seus discípulos.

Muitos líderes inteligentes não têm encontrado êxito no discipulado porque são fechados demais, não conseguem se relacionar com os discípulos. Mesmo que nos testes de inteligência os coeficientes de inteligência sejam altos, isso não garante que o discipulado irá romper.

A inteligência emocional fala da importância de você saber se relacionar, estar com os grupos e saber conduzi-los, do quanto você consegue se envolver com as pessoas, do quanto você tem compaixão pelas pessoas, de tomar a causa dos discípulos e fazer dela como se fosse sua.

A inteligência emocional abrange o importante fato de você não olhar só para você, mas entrar na vida do discípulo e olhar para ele, saber o que está acontecendo e ministrar à vida dele, gerando conforto. Podemos lembrar de Jesus, na consolidação um a um com Nicodemos. Ele se importou com a necessidade de Nicodemos, confrontou e confortou o conhecimento dele.

Você é responsável em fazer crescer a sua inteligência emocional. Ser como Davi que tinha uma inteligência emocional gigantesca. Quando você tem inteligência emocional, você atrai as pessoas para você.

Normalmente uma pessoa ruim de relacionamento não tem um alto índice de inteligência emocional. As pessoas que se envolvem com os discípulos, além de terem um alto nível de inteligência emocional, liderarão entendendo as emoções humanas, e isso gera êxito.

Saber do problema do discípulo, por exemplo, é uma atitude que pode ser desenvolvida. Você pode aprender a ser uma pessoa que tem compaixão. Você pode aprender a ouvir; você pode não gostar de ouvir problemas, mas pode treinar seu contato visual e auditivo com o outro, e aprender a ouvir com o coração.

Tudo depende do seu desejo de crescer e desenvolver habilidades interpessoais e interrelacionais. Pessoas que não se relacionam afastam as pessoas.

Você pode criar uma forma de atrair os seus ouvintes, gerar empatia, tornar agradável aquilo que será transmitido. Você precisa ser treinado e treinável para não ser tóxico. O líder precisa gerar empatia, fazer com que os discípulos possam ir até ele na mesma proporção que você vai a ele também.

Psicologicamente, os primeiros 15 a 20 segundos, tiramos nossas impressões pessoais sobre as pessoas que estamos nos relacionando. A pessoa que tem o coeficiente emocional elevado sabe resolver problemas, não entra com toxidade emocional, evita confusão.

O líder tem o poder emocional de trazer interferência no nível emocional da equipe. As emoções tóxicas destroem as emoções da equipe. O líder que tem coeficiente emocional elevado tem domínio das emoções.

Há momentos que você quer esganar os discípulos, mas não pode. E é nesse momento que você precisa agregar às suas emoções a inteligência emocional, caso contrário, você será dominado pelos hormônios e por tudo mais que o nosso corpo libera.

Sem inteligência emocional não há crescimento de rebanho. E o ponto número 1 do nosso êxito é saber que as nossas emoções têm o maior nível de influência dentro do processo de consolidação.

Sabemos que hoje um dos pilares fundamentais no processo de crescimento da Igreja é saber pastorear. E para isso, precisamos ter:

 

1. Cuidado das ovelhas no coletivo. Isso acontece de várias formas:

. Ministrações nas células

. Ministrações no M12

. Ministrações no MIR

. Ministrações nos Encontros, os mais diversos possíveis.

 

Só que a consolidação no coletivo apenas não é suficiente, apesar de ser fundamental nesse processo. Reconhecemos que a Palavra de Deus é trazida de forma sobrenatural no coletivo, principalmente em ministrações de libertação na mente. Pessoas que viveram muito tempo na feitiçaria, macumbaria e seitas recebem um nível de libertação e cura quando vamos aos Encontros. Mas, se você quiser ovelhas formadas com a mente da Bíblia, a mente ungida, você precisará partir para o discipulado um a um.

A cura mais profunda pela qual passamos é quando damos voz aos nossos traumas. Se você não tiver a oportunidade e a disposição de dar voz aos seus traumas, amarras e dificuldades, você alcançará um nível de libertação e cura, mas ficará limitado.

Quando falamos, estamos com toda a nossa atenção voltada para o que estamos falando. Por isso, quando não damos voz aos traumas, as amarras e as dificuldades, entramos em limitações muito grandes.

O discipulado um a um fala de uma libertação profunda, uma cura profunda. No discipulado coletivo, alguns não conseguem ser livres e curados na totalidade. Entre o que a pessoa ouve no coletivo e o que ela recebe pode entrar em conflito e atrapalha o que já está consolidado.

As grandes perdas no discipulado é porque queremos ficar apenas na consolidação coletiva. Precisamos dedicar tempo aos discípulos. Muitas vezes, 30 a 40 minutos de uma conversa, pode fazer com que a pessoa se resolva (I Tessalonicenses 5:17).

Estamos em um Congresso de Consolidação e já recebemos muito. Mas não é tudo. Ainda precisamos do discipulado um a um, que tem sido uma das nossas principais falhas. Lembrando-se de que o discípulo, quando vai para um gabinete, pode não estar muito à vontade, e é o líder quem estabelecerá a empatia para que o discípulo sinta-se livre e consiga expressar o que ele está em busca.

 

2. Pare para ouvir o discípulo

Se você não parar para ouvir e começar apenas a falar porque é líder, você e o discípulo não chegarão a lugar nenhum. O aconselhamento não consiste no líder falar apenas, sem antes ouvir o que o outro tem a dizer. Quando o discípulo fala, coloca para fora, libera o que está dentro dele.

Quando o discípulo vai até o líder, normalmente, é porque está com problemas, muitas vezes, problemas sérios. E no falar, a pessoa já vai liberando todas as toxicidades que estão dentro dela.

Ouça o problema do discípulo, aconselhe, mas não tome o problema como seu. Tenha inteligência emocional para não se envolver além do que é da sua competência. Líderes sem inteligência emocional misturam-se aos problemas dos discípulos e, muitas vezes, tornam-se piores, emocionalmente, do que eles.

É importante ouvir o problema, saber separar por áreas a fala da pessoa. Existem ferramentas para o conselheiro que são:

 

2.1 Empatia

2.2 Ouvir o discípulo

2.3 Saber separar por áreas a sua fala

2.3.1 Área familiar: marido, esposa, filhos, parentes...

Na coletividade, esses problemas não são trabalhados face a face, mesmo que as palestras sejam direcionadas a eles.

75% é o índice de abuso sexual dentro da família pelos pais, tios, avós. São situações terríveis que se não soubermos tratar, se tornam ainda mais agravante.

O líder não pode tratar apenas da área espiritual, expulsar demônios, ou da área emocional, cura interior, mas onde ficam as outras áreas que os processos também precisam envolver?

Quero louvar a Deus que tem nos capacitado e ajudado a fortalecer uns aos outros e aos líderes e discípulos que Deus está nos confiando.