“Sucedeu que, quando o SENHOR estava para elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu de Gilgal com Eliseu. E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Betel. Então os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o SENHOR hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Jericó. Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o SENHOR hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos. E Elias disse: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim ambos foram juntos. E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas, e pararam defronte deles, de longe: e assim ambos pararam junto ao Jordão.” (II Reis 2:1-7)
Eliseu, enquanto discípulo, andava ao lado do seu discipulador, Elias. Ele não teve direito a unção dobrada do líder por acaso. Não! Sua postura fala muito ainda em nossos dias e sua vida tem ensinamentos que merecem ser aprendidos e vivenciados por nós, dentro da proporção que cada um decide caminhar, é claro.
1. Manter uma linguagem sarada e atitude correta para ver e ter a unção dobrada
Todos os profetas sabiam que Elias seria tomado, mas Eliseu, como vimos no estudo anterior, estava atento, prestando atenção a todos os movimentos do líder. Os outros profetas, diferentemente dele, apenas comentavam sobre os fatos.
Parar para comentar os fatos é uma grande perda de tempo, quando você pode estar atento e vivenciá-los. Quantos discípulos ficam gastando tempo comentando o que todos já sabem! E, infelizmente, muitas vezes, o comentário se torna fofoca. Aprenda: Você pode até falar o que é legítimo, certo e o que está acontecendo no momento, mas pode fazer tudo isso fora do tempo, fora da direção de Deus para a sua vida; e isso não o levará a lugar algum nem edificará a vida de quem ouve você.
A posição de Eliseu, em não comentar, mas observar, demonstrou prudência, sabedoria e firmeza. No discipulado, devemos ter firmeza de propósito. Então, fique atento e não se deixe distrair por comentários que são perda de tempo.
2. Sustentar a unção do discipulador para fazer coisas maiores
Elias foi um homem que realizou milagres, e Eliseu recebeu o manto e a porção dobrada. Se Eliseu tivesse se preocupado com a falsa humildade, não teria pegado a capa, pois no processo em que estava envolvido ele passou pela crítica. Contudo, vemos, claramente, que Eliseu se manteve incontaminado, sustentando a unção para fazer coisas maiores.
Deus precisa arrancar nós mesmos de dentro de nós. Isso não é redundância não, é a mais pura verdade. Sabe esse ‘cuidadozinho’ que temos com a nossa pele e com a nossa imagem? pois é, tudo isso já foi para a Cruz há muito tempo. A sua nova imagem é a de Cristo e é nessa verdade que você deve fluir. Deixe suas limitações e tenha coragem de se expor.
Eliseu entrou no sobrenatural de tal forma que a Palavra relata inúmeros dos seus milagres (II Reis 2:1-25; 3; 4; 5; 6; 7; 8). Confira alguns:
. As águas de Jericó se tornaram saudáveis.
. Profecia de vitória para Moabe.
. Multiplicação do azeite da viúva.
. Profetizou um filho para a sunamita.
. Ressuscitou o filho da sunamita.
. A morte na panela – vida para o alimento.
. Multiplicação dos pães.
. Cura da lepra de Naamã.
. O machado flutua.
. Visão de provisão de Israel no estado de sítio em Samaria.
De todos esses milagres, a mulher sunamita é o exemplo do bem que adquirimos quando somos companheiros do nosso discipulador.
Os milagres de Eliseu se espalharam e um dia o rei perguntava ao servo Geazi sobre as obras de Eliseu. Ao contar a história da mulher sunamita cujo filho tinha sido vivificado, ela entra reclamando as suas terras que haviam sido tomadas. O rei, então, ouve a história e despacha um eunuco para restituir todas as posses àquela mulher que foi totalmente restituída. Por esse exemplo, vemos que a relação de discípulo com o discipulador traz muitos benefícios; não perdemos nada sendo fiéis.
A fidelidade deve ser até à morte. A Palavra nos instrui: “Sê fiel até a morte...” (Apocalipse 2:10). Para o discípulo ser fiel ao discipulador, precisa entender o poder da aliança, pois não se trata de uma vida de anulação da existência própria para viver em favor do outro, mas consiste em caminhar em lealdade, amor e aliança em Deus.
Continua...