“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês.” (Mateus 28:19,20)
O discipulado é um presente dos Céus. E, para ser vivido na sua plenitude, precisa seguir alguns princípios simples e fundamentais como os que vimos nos estudos anteriores. Nesta semana, vamos aprender um pouco mais sobre o tema Discipulado.
Certa vez, Jesus contou a parábola do homem louco, em Lucas 12:16-20. Ao citar essa parábola, Jesus estava ensinando que Ele não pede a alma de alguém que trabalha para o Reino, mas o diabo reivindica a alma dos que são seus escravos. É por isso que diz: “Louco, esta noite pedirão a tua alma e todo o teu trabalho, para quem será?”. Todo o resultado do nosso trabalho tem um ou mais destinos. E esses destinos podem ser:
1. Para mim mesmo. Para gastar com o próprio prazer, em função de si mesmo, de forma egoísta.
Esse é o indivíduo que em si mesmo se basta, adepto da linha humanista.
2. Para o estranho. Pessoas que trabalham de forma confusa, como se o seu trabalho fosse para uma pessoa que não conhecessem. Pessoas que trabalham, mas não veem o resultado. Vivem em uma dúvida constante.
3. Para Deus ou para o diabo. No quesito espiritual, não há como misturar o nosso trabalho. Trabalhamos para Deus ou para o inimigo. Porém, a concentração das forças, do trabalho de um líder de Deus, deve ser somente para Deus. Seu prazer está em servi-lO com alegria. Portanto, todos os que trabalham para Deus têm direito a um salário.
O primeiro salário que recebemos da parte de Deus é a salvação. Passamos a trabalhar para Ele, porque Ele nos salvou. Jesus nos salvou pagando um alto preço, e com a salvação, Ele nos dá alegria, paz, amor, prosperidade e tantas outras bênçãos. O Fruto do Espírito é o pagamento do nosso trabalho.
Aqueles que não compreendem essa verdade vivem insatisfeitos. O tempo todo estão murmurando, dizendo que não ganham nada, que não são reconhecidos na Igreja, pelo Pastor, pelo líder, pelas ovelhas. São como filhos ingratos, que não importa o quanto estão sendo abençoados, não param para reconhecer que iam para o inferno e agora foram escolhidos por Deus, e mesmo assim ainda andam insatisfeitos.
Saber para quem trabalho
A Igreja precisa saber para quem trabalha. O líder precisa saber para quem trabalha. Esse saber fala de ter consciência, compreensão. Não devemos trabalhar de qualquer jeito, realizando até mesmo um trabalho que nos leve a vestir a capa da maldição.
“Visto que amou a maldição, que ela lhe sobrevenha! Como não desejou a bênção, que ela se afaste dele! Assim como se vestiu de maldição como dum vestido, assim penetre ela nas suas entranhas como água, e em seus ossos como azeite! Seja para ele como o vestido com que ele se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido!” (Salmos 109:17-19). Podemos vestir a capa da bênção ou a capa da maldição. A escolha está em nossas mãos.
Estar atento ao trabalho
Como líderes e filhos de Deus, devemos estar atentos para não vestirmos a capa de maldição que alguns querem colocar sobre nós. Quando temos no coração a gratidão pela salvação, trabalhamos para o Reino, o Senhor nos abençoa com o sobrenatural e descobrimos o que Deus tem para nossas vidas e como podemos caminhar de forma que agrade o coração do Pai.
Reconhecer o Senhor para quem trabalho
Tudo o que Deus espera de nós é que reconheçamos que Ele é o nosso dono, que trabalhamos para Ele. O homem louco não reconheceu isso, ele só pensava em regalar a sua alma, em folgar e tudo o que ele havia preparado e tudo o que havia ajuntado como resultado do seu trabalho ficaria para quem? O seu trabalho foi um trabalho de louco.
Não podemos trabalhar como esse homem louco. Jesus lhe disse: louco, esta noite pedirão a tua alma e o que tens preparado para quem será? O teu trabalho foi para quem? Então, não podemos ter um trabalho de louco.
Qual tem sido o trabalho da sua alma?
Existe o trabalho no espírito e o trabalho na alma. Existe o trabalho feito na força do braço e existe o trabalho na força do Senhor. O trabalho no espírito não dói, mas o trabalho da alma dói e quer a recompensa de alma.
A alma quer a recompensa da alma, o salário da alma, o retorno da alma e a alegria da alma. O espírito quer a alegria que o espírito pode gozar se regozijando no Senhor. O homem louco só pensava em seus prazeres, em satisfazer os desejos da sua alma.
Sabemos que o dia foi feito para o trabalho e a noite para o descanso. E, no período que seria para a alma daquele homem entrar em descanso, ele teve a alma reivindicada. “...esta noite pedirão a tua alma...” Noite, nesse texto, representa trevas. Esse homem tinha uma alma que se envolveu com as trevas, envolveu-se com situações incorretas.
Continua...