“Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra” (Sl 46:9)
A foto exibida nesta matéria rodou o mundo pela internet causando indignação, tristeza e deixando um nó na garganta de muita gente.
A criança que tapa os olhos da boneca como se quisesse poupar o brinquedo de ver o horror da guerra se tornou mais um símbolo do conflito entre tropas do governo sírio e grupos islâmicos e jihadistas, uma batalha sangrenta que dura sete longos anos e já matou 470 mil pessoas.
A menina da foto, mostra o lado mais frágil e indefeso desse embate que parece não ter fim. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) só este ano, mais de 1.000 crianças já foram mortas ou ficaram gravemente feridas na Síria. Se analisarmos com mais detalhe essa informação teremos um dado ainda mais assustador: a estimativa é que uma criança morra a cada hora no país! E as que sobrevivem enfrentam desnutrição, falta de assistência médica e o terror de viver sob o perigo constante de ataques e bombardeios.
Na última Segunda-feira, 26 de Fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a instauração de uma trégua humanitária de cinco horas por dia, ainda assim, os ataques não cessaram.
Diante dessa situação tão extrema, O MIR convida a Igreja a orar e interceder pelas pessoas que enfrentam essa guerra brutal alimentada por intolerância, luta por poder e falta de amor.
7 anos de Guerra Civil na Síria
Esse conflito interno começou como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para uma violenta revolta armada a partir de 15 de março de 2011. Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas combatendo "terroristas armados que visam desestabilizar o país". Com o passar do tempo, a guerra deixou de ser uma simples "luta por poder" e passou também a abranger aspectos de natureza sectária e religiosa, com diversas facções que formam a oposição combatendo tanto o governo quanto umas às outras.