Imprimir

Minha preocupação, como ministro do Evangelho, em relação à família, está crescendo a cada dia. Vejo a falta da chama acesa nos casais e o descompromisso dos pais com os filhos. Há um adoecimento, um descaso no âmbito familiar. Na verdade, a família recebeu uma flechada na mente e se enfraqueceu. É como se a sociedade tivesse sido anestesiada e não conseguisse reagir. O casal não tem mais a mesma cordialidade, os filhos, o mesmo respeito, e a família, totalmente apática, sem saber o que fazer perdeu a referência. Então, precisamos avançar no projeto restaurador. Vai ser fácil? Não! É uma luta contra principados e potestades que amarraram a mente da família e os tumores internos estão impedindo que as conexões de ordem espirituais cheguem ao destino, à libertação do nosso povo.

“Ai, família pecadora, povo carregado de iniquidade, descendência de malfeitores, filhos corruptores; deixaram ao Senhor, blasfemaram o Santo de Israel, voltaram para trás. Por que seríeis ainda castigados, se mais vos rebelaríeis? Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco. Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo.” (Isaías 1:4-6). Se perguntaria o que fazer para que a nossa casa, principalmente o casal, volte a essa chama nova e se reapaixone? Existem 7 princípios primários para que o casal seja restaurado e os filhos voltem a amar a Deus.

1. Romper os pecados familiares
“Ai família pecadora...” (Isaías 1:4)

Muitos pecados visíveis estão no meio da família, fazemos olhos grossos, estamos secularizados, é como se não tivéssemos mais paixão, as coisas entraram na normalidade, os princípios foram alterados e nossa casa ficou como casa sem sacerdócio. Não se lê a Palavra, não se conversa mais sobre Deus nem sobre Igreja, e os pecados familiares são subestimados como se não existissem; montamos um teatro em casa, cada um encena como excepcionais atores, assumem personalidades dúbias, e ignoramos que estamos precisando de ajuda.

O assunto Deus é mais relevante que qualquer outra retórica para que nossa casa saia da maldição familiar e entre na rota dos milagres. Deus é ‘O Assunto’, não a Igreja ou defeitos de líderes. Não deixe uma marca ruim nos céus da sua casa, limpe-a com os assuntos dos céus.

2. Tirar as raízes de iniquidades
“... povo carregado de iniquidade...” (Isaías 1:4)

A raiz de iniquidade é a base para se tratar qualquer anomalia familiar, o problema não é o fruto, mas onde a raiz está enroscada. A raiz do cedro enrosca nas pedras, leva tempo para crescer, mas, quando as raízes estão encalcadas nas rochas, aí essa planta cresce, pode vir qualquer tempestade, ela não será abalada. Assim são as maldições, enroscam nas pedras da alma, quando queremos demolir não podemos tirar os galhos e cortar o tronco, pois nascerá de volta. Precisamos cavar fundo e eliminar as raízes.

Existem níveis de maldição que estão arraigadas, precisamos de especialistas para fazerem essa obra no caráter da família. A raiz de iniquidade é a causadora da incredulidade, gesta a desonra e a infidelidade faz parte do mal caratismo familiar. Se nos submetermos à cura e libertação, serão remediados para que essa raízes sejam arrancadas e a sorte da família mude.

3. Quebrar a maldição da maldade
“... descendência de malfeitores...” (Isaías 1:4)

Verdade! Quanta maldade no seio da família. Mas, essa maldade é a indiferença com o Deus que tudo pode, trazendo incredulidade, feitiçarias, obras estranhas e comportamentos reprovados. Quem poderá quebrar essa maldição da maldade na vida do casal? Incredulidade, feitiçarias e obras estranhas? Um sacerdote, um líder de autoridade espiritual. Alguém que possa, com autoridade e legitimidade, entrar nos lugares escuros da alma e fazer uma varredura, literalmente uma faxina interior, para romper esse espírito de maldade.

Quando o povo de Deus ficou maldoso, se desviou do princípio e se abraçou com a maldição. A maldade é um espírito maligno que rouba a paz da família e ministra indiferença no relacionamento. Um sacerdote de autoridade pode remover a maldade da vida do casal e trazer paz para toda casa.

4. Sair da corrupção
“... filhos corruptores...” (Isaías 1:4)

A corrupção é a maior responsável pela desgraça familiar. O que é um corrupto? É o quebrador dos princípios, aquele que sabe o correto e caminha pela vereda dos comuns. Aquele que suborna a aliança e descaracteriza os valores do reino. O Eterno nos dá uma ordem: Saia da corrupção! A corrupção é um principado que empobrece a família e mata o relacionamento. É a inflação mais agravante da prosperidade do casal. Quando se tornam corruptos, só uma intervenção divina para remover tamanha maldição. Está no auge o assunto da maldição, pois a nossa sociedade brasileira passou por apuros terríveis, e colheu o resultado das sementes que plantamos.

Muitos não assumem que são cúmplices desses desastres, querem se fazer de vítima. Mas, imagine! Se a Nação colheu consequências, a família será poupada se estiver bebendo desse espírito! A ordem é: Saia da maldição! Se Ele, o Senhor, disse que podemos sair, temos uma oportunidade de libertar a família.

5. Voltar para o Senhor
“... deixaram ao Senhor...” (Isaías 1:4)

A família precisa voltar para Deus. Não tem outro remédio para o casal, para a saúde dos familiares, se não for o retorno. Nosso cinismo diz: Voltar? Eu estou bem! Deus está vendo. Há um espírito crônico em nós que não queremos assumir nossas debilidades. A casa desorientada e o orgulho sendo sustentado. Sabe o que eu vejo no decreto de voltar ao Senhor? Exercer humildade, esse seria o ponto chave para o casal voltar a ser feliz e a família ter nova oportunidade de voltar a sorrir.

Leia esta verdade: “Vi o louco estabelecer raízes; contudo, de repente toda a sua casa foi amaldiçoada.” (Jó 5:3,4). Se não regressarmos para Deus a vida da nossa família estará comprometida e a saúde do casal perderá o sabor.

6. Livrar a casa da blasfêmia
“...blasfemaram o Santo de Israel...” (Isaías 1:4)

Blasfêmia é negar o princípio, esquecer a promessa; é ignorar os milagres. O casal está vivendo diariamente momentos tremendos debaixo de milagres. Então, a falta de reconhecimento, leva a blasfemar contra Deus e a Sua Palavra. Queremos ser o que não somos e não sabemos desfrutar do que somos.

Os fariseus queriam que Jesus fosse o que eles queriam, mas não aceitavam que Jesus fosse quem Ele era. Isto é blasfêmia: Desejar viver outra identidade no casamento e não desfrutar o poder da aliança. É tão singular quando alguém entende a potência do princípio e não nega a verdade da Palavra. Se a blasfêmia entrar na nossa casa, negaremos quem é Deus em nós e afirmaremos que somos deuses em nós mesmos, ainda que seja inconsciente. São doutrinas de demônios que estão enrustidas no caráter da família.

7. Regressar para o princípio
“...voltaram para trás.” (Isaías 1:4)

Que convite irrecusável: Regressar ao princípio. Regressar ao princípio é o desejo do Eterno. Voltar ao ponto de partida, trazer à memória esperanças não é em nada ruim. Quantos casais mudam de atitude apenas com uma conversa aberta e com acompanhamento adequado. Voltar ao princípio é um mergulho no Primeiro Amor. Na verdade, nós não somos mais os mesmos, mas temos que considerar que em tudo estamos melhores. Veja o quanto crescemos, e devemos aprender a conviver em maturidade com marcas que a vida está deixando na nossa pele e as mudanças que proporcionaram na nossa mente.

Nós não envelhecemos! Nós crescemos! E, por isso, devemos nos dar uma oportunidade para estarmos mais sarados e nos tornarmos mentores da nova geração. Tem muita gente olhando para nós, não é mesmo!? Que tal, no regresso ao princípio, nos darmos a oportunidade de olharmos para nós mesmos, para dentro de nós, e nos aprovarmos como indivíduos saudáveis. E se não estamos ainda no nível que desejamos, que tal nos enfrentarmos para melhorar? A ordem é regressar ao princípio. Tirar esses tumores que adoeceram nossa família.

Começamos falando do adoecimento, das nossas enfermidades, das feridas que estão na mente da família, que adoeceram o casal e comprometeram o relacionamento. Como podemos consertar isso? Pode ser complicado, assim como pode ser muito simples, depende do casal.

Os casais de Deus conhecem rotas de restauração, assim como a proposta bíblica da cura. Me responda: Existe um lugar mais poderoso na Terra do que uma casa em paz, onde reina a alegria e felicidade?

Conheço muitas casas que não têm dinheiro, mas são felizes. Assim como conheço muitas casas que são tristes e têm muito dinheiro. Dinheiro compra prazeres, mas não compra felicidade. Porém, o assunto aqui é outra riqueza: O tesouro emocional. Imagina uma família, seja de posses, ou sem recursos, mas ajustada nas emoções... O que essa família não pode ter, e o nível de saúde em toda os estágios nesse ambiente?!

O casal precisa de renovo, precisa desfrutar dessa saúde, até mesmo para lograr êxito em todos os seus caminhos. As bases espirituais acima citadas, são pilares que, uma vez estabelecidos, poderão trazer a harmonia que você nem sonhou ainda.

Neste Congresso, no mapa da vida, você vai se deparar com esse pilar que muitos não possuem, mas o seu pilar familiar, além de existir, está a cada dia melhorando. A saúde emocional do casal é um legado que, quando compreendido, traz vida para toda a família.

Desfrute o mar de conhecimento que será derramado nesta geografia.

E mais uma vez: Bem-vindos!
Renê Terra Nova

Visualizações: 1577