Ah, o amor.... Ele aquece o coração, inspira canções, transforma pessoas. Esse sentimento, que permeia todas as relações humanas, tem sido objeto de estudo da ciência, que busca entender como ele ocorre e como é possível defini-lo. Algumas teorias definem o amor como Intimidade, Paixão e Compromisso, mas um outro ponto sobre o que conhecemos como amor tem sido alvo de pesquisas psicológicas: Os mecanismos neurológicos envolvidos nas relações amorosas. Algumas pesquisas descobriram que os sentimentos amorosos utilizam as mesmas vias neurais que substâncias psicoativas, ativando os sistemas de recompensa do cérebro e criando sintomas de dependência parecidos com o que vivenciam os viciados em drogas.

Portanto, as dependências de sentimentos, ou as dependências de relacionamentos apresentam origem e sintomas semelhantes às de outras dependências.

E qual seria a base para esse tipo de dependência emocional? Os relacionamentos interpessoais. Ou seja, esse problema surge ao longo da história de vida das pessoas, principalmente na infância.

O que você viveu no passado?

Pessoas que sofrem de dependência afetiva quase sempre têm um histórico familiar de negligência, abandono, rejeição, falta de afeto ou rigidez excessiva por parte dos pais ou dos cuidadores. Essas experiências frustrantes que fizeram com que elas não se sentissem queridas e valorizadas, sobretudo nos primeiros anos de idade, fazem com que o mesmo sentimento do passado as acompanhe na vida adulta, dessa forma, tornam-se indivíduos com uma carência constante de atenção e de carinho.

Esse tipo de dependência ocorre em homens e mulheres, contudo, alguns estudos mostram que as mulheres tendem a sofrer mais de problemas de dependência afetiva.

Mulheres viciadas

A mulher dependente afetivamente costuma construir uma relação tóxica com o seu parceiro. Tem medo de ser abandonada, se anula para que a relação continue e se preocupa mais em satisfazer a outra pessoa, chegando ao ponto de abrir mão de suas próprias necessidades e dos seus sonhos. Por acaso você já viveu uma história parecida, ou conhece alguém que viva assim?

Uma mulher linda, inteligente, bem-sucedida, daquele tipo que você olha e pensa: Uau! Ela tem tudo para ser um sucesso! Mas, no caminho do êxito da vida dessa mulher existe algo que a impede de ser feliz e completa: Um relacionamento destrutivo, em que ela se anula, mendiga amor e, muitas vezes, chega ao extremo de suportar até a violência física e psicológica por medo de romper com a relação.

Aí você pode se perguntar: Mas o que faz com que essa mulher não consiga se libertar de uma relação mesmo que ela seja tão prejudicial? Antes de fazer qualquer julgamento precipitado devemos considerar que, podemos estar diante de um caso de dependência emocional e, assim como ocorre com um vício causado por substância psicoativa, se livrar desse tipo de dependência não é tão simples quanto pode parecer.

Vícios Emocionais – Como acontecem

O Master Coach Paulo Vieira explica que “para cada atitude que temos no nosso dia a dia, a maneira como falamos e interagimos com as outras pessoas, por exemplo, produz moléculas de emoção (MDEs), que são uma combinação de compostos químicos específicos produzidos pelo nosso cérebro. Pessoas tristes, que andam encurvadas, produzem um tipo de (MDEs), já as felizes, que sorriem com frequência e mantêm uma postura corporal de vitória, produzem outro padrão. Quanto mais repetida for a comunicação, maior será a quantidade de MDEs que vaguearão pelo corpo e influenciarão a vida de uma pessoa. O que acontece com o uso de drogas também acontece com o uso repetido da mesma MDE: Os receptores cerebrais começam a esperar, ansiar por aquela química específica. Ou seja, o corpo fica dependente daquela comunicação que produz aquela química. E, acredite, seu comportamento e sua atitude serão alterados para obter a química do vício a qualquer custo”.

Diante dessa explicação, talvez você reflita sobre a realidade de que uma pessoa pode, realmente, enfrentar um vício emocional do qual se livrar pode ser uma tarefa aparentemente impossível, principalmente sem orientação profissional. Paulo Vieira, em seu livro best seller, o Poder da Ação, ainda adverte: “Em menor ou em maior escala, todos nós somos viciados em algo: Vitimização, raiva, estresse, ajudar os outros, tristeza, doença, mentiras... A questão é saber em que nos apoiamos e quebrar esse ciclo prejudicial”, orienta.

Voltando para o caso hipotético da mulher que tem tudo para ser um sucesso, mas mantém um relacionamento destrutivo, muito provavelmente ela é dependente emocional de sofrimento, dor, medo... Pessoas assim, comumente têm crença de não merecimento e de incapacidade e, por isso mesmo, necessitam da constante aprovação das pessoas, se sentem inseguras e manifestam esse sentimento por meio de ciúmes e de temor de abandono. Por esse motivo, acabam, mesmo que não se deem conta, se envolvendo com pessoas que têm a vida emocional desajustada, exatamente para receber os mesmos estímulos que alimentem os seus vícios emocionais.

A luz no fim do túnel – O amor saudável

Ao contrário de um relacionamento sofrido, tóxico e dependente, o amor saudável, nos faz bem, respeita as nossas individualidades e é regado pela atenção e pelo respeito. Contudo, antes de pensar em construir um amor desse tipo, é preciso tornar-se uma mulher livre de vícios emocionais. E isso é sim possível mudando a maneira como nos comunicamos, o que pode mudar também as nossas crenças de identidade.

Um profissional da área de Coaching pode ajudar você nessa missão e, claro, buscar orientação em Deus, pode fazer com que você se torne a mulher forte, livre e feliz que você pode e deseja ser.

Para orientar e inspirar você

O amor saudável é o amor bíblico, que tem como modelo o próprio amor de Deus por nós, um amor santo, moderado, consciente.

A Bíblia nos fala desse amor que foi tão grande a ponto dEle entregar o Seu Único Filho para morrer e nos salvar.

“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (I Coríntios 13:4-7)

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