“Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.” (Gênesis 6:8)

Vimos que Deus criou Adão e Eva à Sua imagem e semelhança, preparou um Jardim para que eles vivessem ali com tudo que lhes era necessário. Só lhes pediu uma coisa: que não comessem do fruto da árvore do bem e do mal. Mas a serpente encontrou Eva, certo dia, e, depois de um longo bate-papo, convenceu-a a desobedecer a ordem de Deus, e também seu marido Adão. Por isso o Senhor os mandou embora do Jardim e muitas situações difíceis eles tiveram que enfrentar.

Na desobediência da primeira família, o pecado entrou no mundo e trouxe consigo muitas dificuldades para o homem.

Adão e Eva tiveram filhos, e a humanidade se multiplicou na Terra, da mesma forma que a maldade. A Bíblia diz, em Gênesis 6:1-7, que a maldade do coração do homem era muito grande, a tal ponto que Deus chegou a se arrepender de ter criado o homem, e pensar em destruir a terra e tudo o que havia nela.

Imagine a dor no coração de Deus, vendo que a família, que Ele havia criado à Sua imagem e semelhança, abriu a porta para que toda aquela maldade atingisse a criação. E Sua tristeza foi tanta, que Ele achou melhor destruir tudo.

Mas, olhando para a Terra, Ele viu alguém que chamou a Sua atenção: um homem chamado Noé e a sua família.

Noé era filho de Lameque, da linhagem de Sete, filho de Adão. O nome Noé significa repouso, descanso ou conforto. Seu pai Lameque lhe deu esse nome dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o Senhor amaldiçoou (Gênesis 5:29).

Noé desfrutava de uma comunhão muito grande com Deus. Ele tinha um caráter justo e íntegro totalmente diferente do restante da população de sua época que estava totalmente corrompida pelo pecado. Ele também é descrito nas Escrituras como um homem de fé, devoto e obediente a Deus. E em Gênesis 6:9 diz que ele era um homem justo e perfeito em suas gerações, além de algo muito importante: Noé andava com Deus.

Olhando para Noé, Deus viu nele uma graça especial e se agradou dele. A ponto de decidir usá-lo para um plano fantástico: salvar a humanidade. Então o mandou construir um arca, pois viria um grande dilúvio e destruiria tudo.

Que coisa maluca: construir uma arca imensa, no meio do deserto, em um lugar onde chove muito pouco. Imagine toda gozação que Noé recebeu. Imagine quantas piadas seus filhos ouviram, tipo: “Teu pai tá ficando maluco!”. Mas Noé obedeceu.

Quando a arca ficou pronta, colocou dentro dela toda a sua família: esposa, filhos e noras; e todos os animais que Deus havia mandado. Quando veio o dilúvio, provavelmente, muita gente bateu na porta da arca de Noé, pedindo para entrar, mas ele não podia abrir, pois Deus a havia fechado pelo lado de fora.

Por 40 dias e 40 noites a chuva caiu sobre a Terra, matando tudo o que tinha vida. Quando a tempestade passou, que as águas baixaram, Deus mesmo abriu a porta da arca e Noé e a sua família saíram e a primeira coisa que ele fez, aos sair foi levantar um altar de adoração a Deus.

Vamos pensar um pouco. Porque a primeira família não deu certo? O que aconteceu com o homem que Deus criou? Não deu certo porque eles não obedeceram a Deus. Quando a desobediência entrou no coração de Adão e Eva, e os fez ir contra o que Deus tinha lhes dito, eles abriram a porta que o pecado entrasse, e com o pecado, entrou a maldade, a dureza de coração, a falta de respeito e tudo de ruim que o pecado traz. Por isso Deus se entristeceu, ao ver tanta maldade no coração do homem.

Mas Deus encontrou um homem diferente, que era justo e temente. E sua atitude fez com que houvesse uma graça especial nele, que atraiu o coração de Deus. Sua obediência salvou sua família e toda a humanidade que viria depois dele.

Guarde uma coisa no seu coração: Todo aquele que obedece prospera, mas o desobediente vai sacrificar muita coisa na vida. Portanto, nossa família precisa  estar em obediência a Deus, dentro da arca, que é a Sua presença.