Quinto Ato Profético - A cura das geografias através da evangelização

23 de abril de 2016

O Ato da última noite apresentou a diversidade cultural das cinco regiões brasileiras e acendeu no coração da Igreja o anseio pela Reforma da Nação

Lilian Bartira Silva

O último Ato Profético do Resgate da Nação 2016 trouxe o Brasil para o coração dos brasileiros. A abertura se deu com a representação de todos os estados numa linda dança, onde as bailarinas, vestidas com as bandeiras estaduais, celebraram a grandeza do país.

Mas, em se tratando de Brasil, não poderia faltar samba e, ao som de “Brasileirinho”, choro composto por Waldir Azevedo e importante elemento da cultura nacional, os artistas subiam e desciam pelos tecidos circenses, prendendo o olhar e o fôlego de todos os congressistas.

Em seguida, Zé Tamborim, o cordelista do Resgate da Nação veio mostrar a força e a alegria do sertão nordestino. Mas o Zé não se contentou em recitar seus cordéis apenas, ele foi além, e mostrou que a cantoria é também um de seus talentos. O sertanejo compartilhou de suas andanças pelo Brasil e suas experiências em viagens missionárias.

A cada região apresentada pelo anfitrião Zé Tamborim, encenações e danças traziam as marcas culturais da geografia apresentada. O primeiro lugar para onde o missionário foi enviado foi o Sudeste. Lá, Zé descobriu o metrô e o rap, pregou a Palavra e seguiu viagem. Depois, sua missão chegou ao Sul, e o frio daquela terra foi derretido pelo calor do fogo do Espírito Santo.  As danças tradicionais sulistas, os gaúchos com o chimarrão e a cultura da uva foram os elementos que encantaram Zé Tamborim. Mas, o Brasil é grande demais e ainda faltavam muitos lugares para o “cabra” missionário evangelizar, e Zé foi parar no Centro-oeste. A música sertaneja tomou conta do palco, assim como as botinas, chapéus e estampas xadrezes.

Do Centro-oeste, Zé foi enviado pelo seu Pastor para o Norte do país. O nordestino conheceu na Amazônia o tambaqui, peixe característico da região, e, ao levar a Palavra à terra dos grandes rios, do encontro das águas, Deus fez dos nortistas pescadores de homens. O Evangelho chegou ao Norte e até as toadas foram reformadas para o Reino.

Por fim, Zé Tamborim pôde voltar para o seu querido Nordeste, a terra do povo que não desiste, que tira da tristeza um sorriso, povo sofrido e esperançoso. E o que não falta no Nordeste? Xaxado, forró e muita cor. Assim, não só os bailarinos, mas os congressistas se animaram e até arriscaram forrozear.

Zé Tamborim encerrou sua chamada missionária mostrando que as Boas-novas precisam alcançar essa grande Nação que já é linda e alegre por natureza. A Cia de Arte Tribus trouxe uma dança contemporânea marcada por ritmos essencialmente brasileiros e, sobre pontas, uma bailarina mostrou que o brasileiro tem mesmo o samba no pé.

Os cordéis de Zé Tamborim retrataram as dificuldades do chamado missionário, mas, sobretudo, a necessidade do Brasil em conhecer seu Salvador. Zé comparou a nação brasileira ao paralítico alcançado por Jesus. A Nação aguarda a manifestação dos filhos de Deus e clama por aqueles que não têm medo de assumir o seu chamado.

Após a despedida de Zé Tamborim, um expressivo duo contemporâneo ressaltou o poder de redenção presente no amor divino e sua supremacia sobre todos os outros dons, o amor que, por meio da evangelização, alcançará os quatro cantos do Brasil, tocando os corações sedentos e transformando as geografias.

O encerramento não poderia ser mais emocionante. O Apóstolo Gilmar Britto cantou uma linda canção sobre a responsabilidade de viver a essência e a vida de Jesus, enquanto os anjos tomavam conta do Altar e jovens com representações de pombas brancas corriam pela Tenda. O Ato Profético da última noite trouxe para o coração da Igreja a paixão pelo compromisso da Reforma e a missão de evangelizar a Nação no poder do Espírito.