A missão da Igreja
20 de abril de 2016
O Ato profético da segunda noite nos transportou para o século XVI. As representações estéticas permitiram a visualização muito próxima do contexto histórico da Reforma Protestante
Lilian Bartira Silva
Os introdutores do Ato Profético, Apóstolos Marcel e Joice Alexandre apresentaram o Ato da noite idealizado e fundamentado no texto de Romanos 13:11-13.
A abertura do Ato se deu a partir da leitura da Profecia de John Huss. A palavra profética que identifica o momento conturbado pelo qual passou o pré-reformador anuncia sua morte e também a visão de um nova fase para a Igreja: “Hoje vocês assarão um ganso magro, mas em cem anos ouvirão um cisne cantar. Não serão capazes de assá-lo e nenhuma armadilha ou rede poderá segurá-lo”.
A profecia foi proclamada e dançada. Enquanto bailarinos dançavam sobre o Altar representando o ganso e todo o seu sofrimento e dor, bailarinas em analogia ao cisne que viria, ocupam a cena num lindo ballet sobre pontas.
Em seguida, um vídeo narrou o percurso histórico da Reforma Protestante, destacando os momentos mais importantes da defesa da fé. As características ostensivas de poder e riqueza da Igreja Católica se traduziram nos figurinos dourados inspirados na estética barroca do século XVI, período de grande apogeu católico.
O anúncio da Reforma Protestante começa com a encenação de um grande clamor do personagem de Martinho Lutero. Suas angústias, desespero e guerras diante dos contrastes entre a Bíblia e a realidade são expostas de forma dramática e culminam com a escrita das 95 Teses, material que contribui efetivamente para o processo de Reforma.
O encerramento do Ato simbolizou o despertar de uma Igreja que caminha rumo à Reforma, combatendo suas mazelas. Martinho Lutero representa a inspiração legítima e histórica de alguém que não se conformou, antes se levantou para cumprir o seu propósito reformista.