Ministrações
Congresso de Mulheres 2015
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A Mulher Cananeia
Vencendo a crise com perseverança

“E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.” (Mateus 15:21-28)

Em nosso 1o Congresso de Mulheres, a Bispa Sônia Hernandes, em um dos momentos que ministrou, compartilhou a luta que passava com o filho na UTI. Na época, fazia dois anos. Algo que ela disse me marcou muito: “A parte do nosso corpo que mais dói são os filhos”.

Nesta ministração, quero mencionar 7 passos vividos pela mulher cananeia nesta linda história de amor e perseverança de uma mãe que não mediu esforços para ver a filha livre do mal que prendia seu espírito, alma e corpo.


1. Saber clamar

“E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.” (Mateus 15:22)

Uma mulher é capaz de qualquer coisa quando é mãe. Quando a mulher cananeia foi em busca de ajuda pela libertação da filha, ela simplesmente chegou até Jesus e clamou. Naquela hora ela não lembrou que era gentia, não pensou que o Senhor não iria atendê-la, não pensou que por ser mulher Ele poderia não dar ouvidos a ela. E se pensou em tudo isso, o desespero, o desejo em ver a filha livre e o amor que sentia falaram mais alto.

Ela clamou tão fortemente e com tanta sinceridade e intensidade, que não hesitou em dizer ao Mestre o motivo que a fazia estar tão desesperada assim: a filha estava miseravelmente (miserávelmente, inexpressiva, desprovida de valor humano, desfigurada) endemoninhada (Mateus 15:22). O clamor era carregado de fé em um Deus que agia com misericórdia.


2. Vencer o silêncio

“Mas ele (Jesus) não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.” (Mateus 15:23)

O Senhor ouviu o clamor da mulher, mas a Bíblia diz que Ele não respondeu a ela palavra alguma, de imediato. Contudo, a mulher cananeia se manteve firme diante do propósito que buscava, a cura da filha. Com certeza, já não aguentava mais conviver com tanto sofrimento.

Ver a filha possuída por demônios, “miseravelmente endemoninhada”, com certeza a fazia sofrer muito, talvez até mais que a própria filha. Mas, diante do clamor, Jesus calou.


3. Saber ouvir sem desistir

“E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” (Mateus 15:24)

Não sei o que ela pensou, a Bíblia não relata seus pensamentos, mas suas ações e palavras. O que sei é que não parece aceitável a forma como Jesus tratou a mulher cananeia. Não era uma forma comum de Jesus tratar aqueles que iam até Ele buscar ajuda. Até com a adúltera, Ele parece ter sido mais generoso e compreensível...

E quando Jesus começa o diálogo com ela, talvez ela tenha pensado: agora o Senhor me dará a solução e curará a minha filha. Mas as palavras foram duras e se referiam a nacionalidade dela, que era gentia e não judia. 10 segundos pra falar enquanto estamos ouvindo.

Ali era o fim. Jesus estava dando motivos suficientes para que a mulher cananeia se revoltasse contra Deus e abandonasse o pedido que estava a fazer. Afinal, se Deus não queria atendê-la, para que insistir em um diálogo fracassado. Mas não foi o que ela fez. Porque quando você está em uma guerra por um filho, nada tira você do foco.


4. Entrar em adoração

“Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!” (Mateus 15:25)

Um pedido de socorro pode ser apenas um pedido de socorro, mas um pedido de socorro pode vir carregado de adoração.

Ninguém vence uma guerra espiritual se não souber adorar. E adorar a Deus quando Ele está nos abençoando, quando tudo está dando certo para nós, é fácil. Mas adorar a Deus quando Ele parece não ouvir você, ou parece ouvir você, mas não atender, é somente para os fortes.

A mulher cananeia adorou a Jesus, lançando-se sobre Ele mais uma vez o seu clamor, pedindo socorro, pedindo providência ao Único que podia realizar o que ela buscava.


5. Vencer pela perseverança

“Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.” (Mateus 15:26)

Mais uma vez a resposta de Jesus foi dura diante do desespero daquela mulher, diante da crise que ela vivia na família, envolvendo a filha.

E mesmo ao ouvir que Jesus precisava antes cumprir sua missão com os filhos e que não poderia tirar o pão que era direito dos filhos para dar aos cachorrinhos, a mulher que era focada no objetivo de ver a filha sã, não desistiu, antes perseverou, como das outras vezes. Nada era suficiente para fazer com que ela abandonasse sua missão de mãe que quer o melhor para os filhos.


6. Falar com sabedoria

“E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.” (Mateus 15:27)

Com sabedoria, sem perder a humildade e reconhecendo que não era digna da atenção do Mestre, ela consentiu que o Senhor estava certo, mas que estava disposta a receber nem que fosse as migalhas.

A mulher cananeia sabia que mesmo as migalhas seriam suficientes para ver o milagre acontecer na vida da filha. Jesus, que estava, não testando a fé daquela mulher, mas com certeza, aproveitando a ocasião para ensinar aos que ali se faziam presentes como era possível vencer sendo indesistível, entrega à mulher o que ela fora buscar.


7. Estar preparada para a conquista

“Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã.” (Mateus 15:28)

Cada fase do diálogo da mulher cananeia com Jesus, mesmo no momento do silêncio, foram necessários para que eu e você aprendêssemos como se vence uma crise na família.

Quanta alegria e gratidão encheram o coração daquela mãe indesistível e incansável por ver a filha curada. Como deve ter sido de ansiedade o trajeto do local onde ela desenvolveu o diálogo com Jesus até a sua casa para encontrar a filha sã.

É lindo lermos Marcos 7:30, que relata o momento do encontro da mulher cananeia com a filha totalmente liberta do espírito demoníaco. “E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído.”

Acabava ali o fim de uma guerra espiritual na família, por causa da intervenção de Deus. Mas Deus só interviu porque a mulher cananeia, como mãe, não desistiu e não perdeu o foco em nenhum momento da bênção que ela fora buscar.

Que sejamos como a mulher cananeia. Muitas vezes, nossa dificuldade não consiste em passar por uma “humilhação” em nosso diálogo com Deus, mas em não ver o resultado de imediato quando estamos buscando, clamando e agindo.

A história da mulher cananeia nos mostra que precisamos clamar, saber entender o silêncio de Deus, nos humilhar diante da potente mão do Senhor, porque Ele fará brotar o milagre que esperamos. Voltaremos para nossa casa e encontraremos nosso milagre, porque Deus é Fiel e não nos desampara jamais.

"A um coração quebrantado e contrito o Senhor não despreza." (Salmos 51:17)

"Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Porque todo que pede recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, abrir-se-lhe-á." (Mateus 7:7,8)

Pastora Francieme Costa