A luta contra a cobiça

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“Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.” (Êxodo 20:17)

 Um dos mandamentos ensinados ao povo foi para que não cobiçassem nada que estivesse em posse de outro irmão. NADA! Nem a mulher, nem empregados, nem finanças, nada que não lhe pertencesse.

Cobiça gera fruto de morte 

A cobiça é uma semente que gera fruto de morte. É como uma tríade: 1. Cobiça. 2. Semente que dá fruto. 3. Fruto que gera morte. Toda cobiça gera um pecado de morte, porque a cobiça é um desejo desordenado por aquilo que não nos pertence. Tanto na área física, moral, afetiva e espiritual. Tudo o que envolve e desequilibra as emoções está relacionado a uma cobiça. 

Toda pessoa em desordem emocional está debaixo de uma cobiça. A cobiça desordena o homem interior exatamente para descredibilizar a sua conquista. Todos que perderam uma conquista estão envolvidos em dois problemas: ou cobiçou, ou foi cobiçado. 

A junção desses dois espíritos, daquele que cobiçou e daquele que foi cobiçado, entra com um impacto no mundo espiritual e destrói a pessoa, ainda que ela tenha galgado êxito no que estava realizando. É uma junção maligna que anula a conquista de qualquer líder, qualquer discípulo. 

A Bíblia diz que um dia os profetas estavam com fome e colheram colocíntidas. Ao fazerem um tipo de comida com as colocíntidas, perceberam que era veneno. Então, há fruto que, ao comermos, descobrimos que é comida venenosa, não é alimento. Há fruto que é alimento, mas não é comida. Mas tem fruto que é alimento e comida ao mesmo tempo. Assim como existe fruto que é só morte (II Reis 4:38-40). 

Quando profetas comem o fruto precipitadamente, morrem. A Bíblia diz que a ordem era para fazer comida que servisse de alimento para os profetas. Mas um deles foi pelo caminho, viu uma árvore frutífera que parecia ter um fruto muito bom e colheu esse fruto. Ao fazer a comida para todos os profetas, e comendo eles, um dos moços gritou ao reconhecer que havia morte na panela. 

Nem sempre uma comida preparada por um filho de profeta, e nem sempre uma comida que é dada por alguns profetas, gera vida para outros profetas. Pode ser um laço de morte. Esse texto é conhecido como morte na panela. Quando Eliseu veio correndo e perguntando o que havia acontecido, responderam que os profetas iriam morrer, porque comeram uma comida envenenada. 

Eliseu, imediatamente, colocou farinha na panela, e, novamente, deu a comida aos profetas e disse que, então, poderiam comer, pois da sua comida, alimentando-se, não morreriam. Existe a necessidade do líder tirar o gosto da morte da boca do povo, da boca dos discípulos. 

“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.” (Tiago 1:14,15)

O texto de Tiago diz que cada um é tentado pela sua própria cobiça. Uma vez seduzido pela cobiça, a pessoa é, também, atraída por ela. A cobiça, uma vez concebida, dá à luz o pecado, e o pecado gera morte.

 Tiago também ensina que, como filhos de Deus, não devemos nos enganar, pois tudo que é bom e perfeito vem do alto, vem dos céus. “Não erreis, meus amados irmãos. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas. Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus. Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas.” (Tiago 1:16-21)

 Por esse texto, aprendemos algumas lições: 

 1. A cobiça é vencida pela unção da Palavra

Quando recebemos a Palavra e a deixamos criar raízes em nossas vidas, vencemos a cobiça. Quem permite que a cobiça entre no seu arraial, com certeza, colherá derrota. Quando vemos hoje alguns líderes que pregavam maravilhosamente, e percebemos que algo se perdeu, ficamos a perguntar: O que aconteceu? Perderam a unção. A unção da Palavra quebra o jugo da cobiça. 

Muitos filhos de Deus ficam presos à cobiça por não meditarem nas Escrituras e não conhecerem as promessas que o Senhor tem para cada um deles. É preciso compreender que Deus é um Pai que tem bênçãos para entregar para todos os que O buscam de coração. 

 2. É fundamental ter a consciência de filho

 Tiago diz que, segundo o Seu poder, Deus nos gerou. Aquele que é gerado de Deus vence a cobiça. A Palavra e a consciência de ser gerado de novo produzirão a ausência de desejo pela cobiça. Quem é nascido de novo não fica cobiçando o que não é seu. 

 No Reino, nada deve ser nosso por usurpação, mas por conquista de trabalho. As nossas conquistas devem vir através de trabalho, de pagar o preço, de proceder corretamente para com Deus! No Reino, as conquistas devem ser legítimas, respaldadas no princípio que diz que devemos trabalhar com o suor do rosto, comer do suor do rosto. Deus honra o desejo do nosso coração, mas isso quando esse desejo não está associado à cobiça. 

 Para você obter suas conquistas, deve saber qual a sua motivação. Deus não abençoa projetos que estão fora da Palavra e da unção do nascimento. Você precisa ser nascido de novo, ser gerado de Deus. Deus quer que você, neste momento em que lê este estudo ou em que é ministrado pelo seu líder, dê adeus à cobiça. 

Não queira mais aquilo que não é seu. Se você não tirar o olho daquilo que não é seu, nunca verá o que Deus lhe deu e tem reservado para você. O que Deus está dando-lhe pode ser algo muito maior do que aquilo que você está desejando ou conseguindo ver. 

 3. É preciso saber que você é primícia

 Ser primícia é ter a bênção de se tornar o primeiro. Não é só a bênção de receber sete vezes mais. O Senhor disse que aquele que vence a cobiça torna-se primogênito e herdeiro de uma conquista que não tem medidas. Então, decida hoje entrar no mundo espiritual com as armas de Deus, para banir do seu território toda a cobiça que entrou na sua história. Assim, você obterá conquistas legítimas. 

 É tempo de nos armarmos e nos unirmos para lutar contra a cobiça que entrou em nosso arraial e que insiste em permanecer nas Células, nos 12, nas gerações, no louvor, na adoração, na dança, no Altar... Todos entraremos nessa guerra e seremos beneficiados. Deus quer abrir o nosso entendimento para que vejamos que o que Ele tem para nos entregar, o Céu, que é bem maior que tudo isso. Somos cidadãos dos Céus. Venceremos a cobiça!