Uma família firmada na Rocha - Parte 2

on . Posted in Estudos para Células

“Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.” (Mateus 7:24-25)

Na semana passada, vimos que o ministério de Jesus é marcado por diversos discursos direcionados às famílias. No Sermão do Monte, Jesus ministrou para muitas famílias ansiosas por uma palavra de vida. Ali, Jesus lhes ensinou que uma casa só pode ser estável se for construída sobre a Rocha. Nesta semana, você compreenderá a importância de conquistar a sua própria casa, colocando em prática o Princípio que você tem ouvido.

 

Conquistando nossa própria casa

Como líderes, precisamos estar curados para curar, e, por isso, estamos recebendo tanto ensinamento. O Senhor quer que sejamos ajudados para ajudar. Assim, nossos discípulos terão direito às suas casas e ressuscitarão sua dignidade.

Quando olhamos o estado crítico em que alguns discípulos vivem e não nos importamos, não estamos agindo como discipuladores de excelência. O discipulador serve para ajudar as pessoas a saírem do nível em que estão.

Alguns vivem uma vida miserável e não podemos alimentar a miséria deles. Não somos políticos, somos profetas, e, por isso, precisamos tirá-los daquela calamidade com uma palavra de vida. A palavra de vida vale mais do que dinheiro, porque muda caráter, e se o caráter é modificado, as pessoas começam a ter atitudes novas.

Precisamos ouvir atentamente o que Jesus quer nos ensinar. O texto mostra inicialmente dois princípios básicos: ouvir e praticar. “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática...” (Mateus 7:24a). A maioria das pessoas que vai à Igreja ainda ouve, mas não pratica. As pessoas gostam de alimentar a mediocridade, de buscar alimentos que reforcem as debilidades da sua alma.

Jesus nos desafia a ouvir e a praticar o que ouvimos. Nem sempre é bom e fácil ouvir. Muitas vezes é mais difícil ouvir do que falar. Existem algumas verdades que só ouvimos debaixo da disciplina, mas não queremos ouvir, porque confrontam o nosso caráter.

O Mestre não teve um discurso fácil nestes três capítulos (Mateus 5, 6 e 7). Ele fez um confronto e, quando terminou, o povo estava maravilhado, o que significa que o povo estava curado, que recebeu aquela palavra. Jesus foi muito duro nesse discurso, mas era o que o povo precisava ouvir.

O discurso profético é difícil de falar, mais ainda de ouvi-lo. Mas, ou você ouve, ou não ouve. Ou você pratica, ou não pratica. Quase ouvir não é ouvir. Muitos dizem que uma parte da Bíblia presta e a outra não. Só presta a parte que me agrada, que alimenta a minha alma, mas aquela que me confronta é horrível.

Deus quer nos ensinar que precisamos ouvir e praticar. Quem ouve e não pratica não demonstra sabedoria. Só é sábio aquele que ouve e pratica a Palavra. Ouvir e praticar são princípios de sabedoria que Deus quer inserir em nosso caráter.

Os homens que ouvem e praticam são chamados por Deus de homens sábios. O homem sábio é chamado de prudente. A Bíblia indica que um homem prudente é aquele que constrói com base nos princípios.

O construtor de princípios é também um construtor de família. Jesus fala da prudência e sabedoria, do ouvir e praticar para justificar casas, famílias. Jesus começa a mostrar contextos altamente relevantes. Um homem e uma mulher prudentes, sábios, são homens que constroem corretamente, não improvisam.

A família não é um projeto improvisado, é um projeto construído corretamente. Somos, muitas vezes, acostumados a improvisar tudo. Existem pessoas que improvisam até outra família...

O homem prudente tem opções tanto quanto as outras pessoas. Todos têm o direito de andar por onde quiserem, de decidir pela vida ou pela morte diante das opções que são dadas. Vemos que na vida de um homem sábio, que tem muitas opções, a única coisa que o diferencia dos demais é a decisão dele. Ele toma decisões coerentes, maduras, pensadas.

Já estudamos que a mulher que não sabe construir sua casa é tola, assim como um homem que não sabe construir também é tolo. Um homem e uma mulher sábios eliminam a possibilidade de construir sua casa num lugar suspeito e decidem construir na rocha.

No contexto bíblico, rocha fala de permanência histórica. Construa uma família histórica, para que, ao falarem seu sobrenome, as pessoas tenham boas referências. A Bíblia diz que Deus nos daria um nome que as nações teriam pavor, um nome elevado, nome de honra (Isaías 56:5).

Deus quer honrar a nossa família. Assim será com cada um de nós: nossa herança será perpétua na Terra. Construir sobre a rocha é construir perpetuamente. Jerusalém está no mesmo lugar desde os dias de Davi até os dias de hoje. Você precisa construir num lugar que seja permanente.

Jesus não está falando de uma mentalidade nômade. Ele diz que devemos fazer uma construção firme. Podemos ver, pelo contexto bíblico, que a nossa construção deve ser firme, permanente e segura. Quando enfatizamos esse tipo de construção, revelamos um caráter de sabedoria.

Quando entendemos que a casa é firmada na rocha, estamos no conceito correto da sabedoria de Deus. Quando falamos de casa firmada na rocha, automaticamente, lembramos que há uma permanência histórica familiar, firmeza, e segurança.

Jesus, então, começa a falar que caiu a chuva. Imagine o povo sentado e Jesus dizendo que caiu a chuva num país onde chove só quatro vezes durante o ano! Mas o aspecto principal a ser entendido é que nossa família pode estar na rota do córrego, sujeita ao risco. Jesus está dizendo: tire a sua família do córrego; não a sujeite ao risco.

Essa parte do ensinamento, fala-nos de duas coisas: a falta de firmeza e a falta de estratégia. Quando Jesus falou que a chuva cairia, sabia o que era uma tempestade de deserto. Gênesis 49:1-4 fala da profecia para Rubem, que era como as águas impetuosas do deserto.

Quando chove no deserto, a chuva leva o gado, as ovelhas, as tendas, os servos, tudo aquilo que o nômade tem. Em horas, ele pode ficar sem absolutamente nada. Jesus mostrou que eles estavam construindo em córregos e essa atitude era a assinatura do óbito familiar, pois quando a chuva viesse e as águas do deserto se avolumassem, elas iriam correr e o que estivesse na frente seria levado. A água não pede licença para passar, não avisa quando vai chegar.

Quando Jesus diz que a chuva cairia, Ele sabia do que estava falando. Estava mostrando que se a chuva viesse e as águas subissem, se a família estivesse no córrego, no lugar de risco, não sobraria nada dela.

Todas as famílias nômades que não fizeram um estudo geográfico antes de colocar as tendas, morreram nas águas impetuosas. Jesus está dizendo que essa chuva não é sinal de maldição, mas é uma chamada para a família ter atenção. Essa chuva pode ser uma bênção para a família, pode tirá-la da vida de deserto, como pode eliminar a família, vai depender da estratégia geográfica que você usar.

 

Continua...