O companheirismo no discipulado - Parte 4

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Texto: “Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda a parte ensino em cada igreja.” (I Coríntios 4:17)

Verdade Central: O discipulado, como o nome mesmo diz, é ter discípulo ao lado, ou seja, caminhar em companheirismo. O discipulado é companheirismo, é compartilhar, pois não retém a sua formação para si só. O discipulador não é ermitão, solitário; não procura seus próprios interesses; não vive em soberba. É um ensinador, um incansável guia; é fôrma pronta para formar.

Introdução: O companheirismo é a ação de estar com o companheiro. Não é estar com alguém apenas, como dizem os dicionários, de uma forma superficial. Muitos podem estar com alguém apenas por estar, mas não haver entre ambos companheirismo.

 

2.2 Moisés X Ur - sustentando as mãos

O povo estava numa batalha contra os midianitas e de Moisés dependia a vitória do povo, porque o líder é o modelo, ele está sendo observado. O povo estava batalhando, mas estava vendo Moisés intercedendo, com as mãos levantadas. Ele era o referencial.

A Bíblia diz que houve um momento em que Moisés cansou e baixou as mãos. Enquanto suas mãos estavam abaixadas, Israel ia perdendo a batalha, gente ia morrendo. Então, Arão e Ur se colocaram como sustento dos braços de Moisés e o povo teve vitória. “Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs.” (Êxodo 17:12)

Deus deixou esse exemplo para vermos que não existe líder tão forte que não precise de companheiros para ajudá-lo, que não precise de discípulos. Moisés era um homem agigantado por Deus, de autoridade sem igual, mas precisou de ajuda para sustentar seus braços, porque senão o povo morreria.

Algumas vezes, como discipuladores, enfraquecemos nossas mãos e o povo morre. Isso acontece por causa do cansaço que alguns sentem. Então, deixam de reunir, de dar assistência, e, quando percebem, uma célula morre, mais uma e outra também.

Mas, quando o líder tem companheiros ao seu lado, eles levantam os seus braços e abençoam sua vida. O discipulador precisa de discípulos companheiros para cumprir o princípio da Palavra: “Um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te”. (Isaías 41:6)

 

2.3 Moisés X 12 espias - companheirismo que vigia a Terra

A figura do companheiro é a de ser retaguarda. Os nossos olhos de trás são a equipe, os 12, os nossos liderados. Precisamos, então, treinar os nossos 12 para verem como Deus vê.

Dos 12 espias que foram observar a terra prometida, 10 voltaram dizendo que não conseguiriam conquistá-la, pois se viam como gafanhotos (Números 13:17-23). E o destino de gafanhoto é morrer no deserto. Então, é função do discipulador ensinar os princípios, ensinar a olhar, a perceber e discernir. O líder treina os discípulos no discernimento para que sejam os seus próprios olhos.

 

2.4 Moisés X Josué e Calebe - companheirismo que conquista a Terra

Dentre aqueles que espiaram a terra, Josué e Calebe foram os únicos que voltaram com as boas notícias. “E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa. Se o Senhor se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais.” (Números 14:6-9)

Vemos, então, que se o discipulador não tomar cuidado no espiar da terra e se na condução do povo ele não usar as suas habilidades de mestre, ele não entra na terra prometida. Moisés levou o povo até a terra, mas não entrou nela.

A liderança de Moisés, e a forma como Deus o tratou, é algo muito extraordinário e digno de ser imitado. Vemos o zelo de Deus desde quando ele nasceu, quando estava em Midiã, momento em que o Senhor aparece numa sarça ardente e lhe tira todas as dúvidas, prepara, dá os sinais.

Moisés tinha uma visão de si mesmo tão pequena e o Senhor lhe agiganta quando o leva para cumprir o Seu propósito. Moisés reconheceu que o desafio era muito grande e por isso o Senhor trabalhou no caráter, na identidade e nas convicções desse grande líder. Deus agigantou Moisés, mas não lhe deixou sozinho.

 

3. Eliseu

3.1 Elias X Eliseu

Vemos no texto de II Reis 2:1-7, que Elias toma iniciativa de ir a vários lugares. Nessas idas a lugares que marcaram a vida dele, estava preparando-se para ascender ao céu, para ser tomado.

Elias fazia parte de uma escola profética e os profetas já sabiam que isso iria acontecer. Então, dentre os profetas, um se apercebeu e pensou: o meu senhor será tomado e eu preciso estar ainda mais ao seu lado para aprender e receber tudo dele. Esse jovem sábio era o profeta Eliseu.

Em todos os lugares que Elias ia, pedia para Eliseu não acompanhá-lo. Mas, Eliseu, muito determinado, dizia que não poderia deixá-lo. Na relação de companheirismo discipulador – discípulo, qualquer hiato pode significar uma grande perda. Por isso, procure olhar para o seu líder, não desgrude dele sempre que possível.

 

Saindo de Gilgal para o Jordão – rompendo velhas estruturas

Gilgal é lugar de:

. Aliança;

. Retirar o opróbrio, a vergonha, a insegurança, o medo;

. Estratégia para se prevenir contra o adversário;

. Formação dos 12;

. Novo nascimento;

. Conquista de novos territórios;

. Maturidade;

. Visão profética, sacerdotal, administrativa;

. Formação para governar;

. Preparo, espera, reconciliação e confirmação da aliança.

 

Jordão é lugar de:

. Milagre;

. Sobrenatural;

. Passagem obrigatória para chegar à terra prometida.

 

Todos os homens importantes que marcaram a história bíblica passaram pelo Jordão. Jesus também foi ao Jordão e lá recebeu o batismo nas águas e no Espírito Santo e o testemunho do Pai: Este é o meu Filho Amado.