Conhecendo os Princípios da Vitória - Parte 2

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Texto: “Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres. Tens, porém, isto, que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” (Ap 2:5-7)

Verdade Central: Sabemos que muitos questionamentos vêm à nossa mente acerca da nossa vida quando não vencemos, quando não vitoriamos. Muitas vezes nos perguntamos: E quando eu não venço, e quando eu não consigo, e quando as portas se fecham, o que aconteceu?

Introdução: Nem sempre, por se perder uma batalha, perde-se uma guerra. Vemos que Israel foi vitorioso em suas guerras, mas perdeu algumas batalhas. O que não podemos admitir é que não aprendamos com os nossos erros e insistamos em estratégias que não funcionam.

 

Estudaremos os princípios que nos farão, como filhos de Deus, andar em vitória.

 

1. Avaliar o passado e odiar a obra dos nicolaítas

Avaliar o passado e odiar a obra dos nicolaítas é uma chamada à análise de onde erramos: na falta de amor e de obediência aos Princípios Bíblicos. A observância dos Princípios Bíblicos é fundamental para a conservação da sã doutrina, evitando os ensinos falsos, como a doutrina de nicolaítas.

Quem eram os nicolaítas? Eram praticantes de uma seita que estimulava a imoralidade sexual e também estava relacionada com feitiçarias e ensinos místicos. A Igreja já estava contaminada com esses ensinos e não havia renúncia de tais práticas, devido à cultura promíscua em que alguns viviam.

Também o termo nicolaítas significa: dominadores do povo; clero organizado, manipulador. São os profissionais que prendem a liderança leiga e não permitem que outros despontem; sufocam os menos privilegiados e alimentam a mediocridade.

Outra interpretação muito utilizada é que nicolaítas são seguidores da seita da gnose, na qual seu ritual era explorado em sensualidade e orgias. Deus chama a Igreja para fazer uma avaliação e sair de toda e qualquer participação ativa ou passiva nessa seita. Também este nome, segundo alguns eruditos, é traduzido para o grego como Nicolau, sendo o original Balaão, que também era o líder da seita gnose com o mesmo comportamento de imoralidade sexual.

Quais são as obras dos nicolaítas? Orgias, prostituição, adultério, homossexualismo, lesbianismo, imoralidade sexual, lascívia, impureza, feitiçaria, idolatria, bruxaria ou simpatias, nova era, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias, mentiras, orgulho, falso testemunho, heresias, heranças pagãs. Jesus diz o seguinte com relação a essas obras: “Eu as odeio” (Ap 2:6). Odiar as obras dos nicolaítas significa viver e sustentar o perfil de Jesus.

Essas obras são bandeiras que o inimigo ostenta para tentar prender a Igreja. Sabemos que a Igreja de Jesus está contaminada com esses espíritos que tentam prendê-la com argumentos, mas nós precisamos nos desprender destas coisas para mantermos a santidade. Deus nos ajudará a lançar fora todos esses sentimentos e atitudes para que a Igreja seja considerada sem mácula. Todo adúltero no reino físico é adúltero no reino do espírito (Ez 16).

Verificamos que Jesus é bastante severo quando nos mostra as obras dos nicolaítas. As misturas com essas obras (as quais estão relacionadas às obras da carne e a espíritos malignos de heranças, por alianças conscientes ou inconscientes, voluntárias ou involuntárias), são argumentos que prendem qualquer valente para não romper as cadeias.

Assim foi com Sansão. Ele tinha tudo para vencer, mas quando o inimigo armou laços, Sansão já estava preso no reino do espírito por quebrar princípios. “E os príncipes dos filisteus procuravam uma oportunidade para atá-lo.” (Jz 16:5)

A ordem de Jesus é: odiar essas obras. O verbo odiar significa: detestar, ter aversão, inimizade. Sabemos que toda nação monoteísta é monógama, mas toda nação politeísta, é polígama. Isso é um retrato do mundo espiritual. A ordem de Jesus é: odiar essas obras de feitiçaria, de paganismo.

Temos muitas influências negativas por intermédio da mídia, da comunicação por Internet, e por outras fontes de comunicação, que classificamos como cultura degenerativa da personalidade, com liberação de todos esses espíritos. O que fazer? Renunciar. Para haver uma renúncia, precisamos de coragem e coragem sobrenatural.

Vença as dificuldades, enfrente esses espíritos e obras da carne, e, decida ser o homem santo que a Bíblia menciona. Como? Odiando as obras dos nicolaítas (Ap 2:5-7). Aí entendemos o que a Palavra nos fala do morno que será vomitado. Jesus nos adverte a sermos quente ou frio, porque se formos mornos, Ele nos vomitará da Sua boca (Ap 3:16).

O valente é um homem chamado por Deus, decididamente disposto a passar pelo fogo e pela água, sem murmurar; um homem que rompe com tudo o que está fora da sã doutrina, que, pelo contrário, traz a vida de Deus na sua vida e vive segundo os princípios da Sua Palavra. Agora, romper não é fácil, pois muitos estão debaixo de alianças profundas e não querem se comprometer com Deus.

Decida hoje a quem servir. “Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” (Js 24:15). É uma questão de decisão. Toda decisão provoca uma fratura, um rompimento. Então, não é qualquer um que decide, pois uma decisão genuinamente verdadeira causa muito desconforto. Só um valente decide, pois os covardes preferem viver omissos.

O valente de Deus não tem um compromisso parcial, mas total e verdadeiro; não se omite, mas desmascara toda e qualquer situação suspeita. Só os valentes chamados por Deus suportam o treinamento na batalha e não se entregam.

Você é um valente? Deus tem uma chamada para você! Você está incluso na lista de Deus como valente e vitorioso: tome posse disso. O desejo de Deus é que todos vençam, porém o vencedor será aquele que não se rende às obras dos nicolaítas, que aborrece a doutrina de Baraque e de Nicolau.

Essas doutrinas envolviam espírito de confusão, que invertia o ensino sagrado pelo profano; referiam-se ao gnosticismo libertino, confundindo os ensinos espirituais com conceitos efêmeros e carnais, totalmente materialistas, desvalorizando o poder de Deus para enaltecer o homem (Nm 22:24 / 25:1:3 / 31:16). O valente de Deus não se rende a esses prazeres, porém luta e não se deixa enganar, pois busca o discernimento espiritual e caminha na senda da vitória.

Esses homens valentes estão dentro da seguinte cláusula santa: “Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3:13-14)

Deus nos chamou para mudarmos todos os nossos contextos. É tempo de novas conquistas. Vamos tomar posições, pois sabemos que nesse tempo estaremos lutando para tomar o reino. Não será fácil, pois nós sabemos que existe um principado que age por trás dessas lideranças, mas nós destruiremos os altares de Baal.

Uma das características do rei Davi foi a sua intrepidez não só em tirar os ídolos, como também em derrubar os altares pagãos. Um valente de Deus deverá ter disposição e preparo para vencer. Claro que todo soldado que entra numa guerra precisa de preparo, e nesse preparo, a coragem é imprescindível.

Você sabe que a vida é um desafio e nós precisamos estar firmes e constantes, sempre abundantes na obra dAquele que nos chamou, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co 15:58).

Para vencer o paganismo e viver 100% a vontade de Deus, temos uma chamada para a avaliação. A reflexão nos leva a pontos de mudanças jamais pensados em toda a nossa história. Se você quer saber como fazer para que haja uma mudança na nossa história, avalie.

O nosso passado é história. O que serve deverá ser conservado, porém o que não nos traz acréscimo deverá ser rejeitado. O nosso futuro é mistério, por isso devemos aprender a viver o nosso momento atual. Isso porque o nosso presente é dádiva, é um presente de Deus. O nosso histórico benéfico nos faz hoje prósperos e conquistadores, e amanhã, homens de projetos.

Hoje devemos plantar o nosso futuro. Essa avaliação nos levará a uma vida mais vitoriosa, como verdadeiras atalaias que sabem bradar o shofar do rei para que, arregimentando o povo, ministremos uma tranquilidade de vida jamais alcançada.

Deus usará a Igreja neste tempo do fim para essa conquista. Você está pronto? Então, valente de Deus, avance e avance para vencer. Vamos fazer uma avaliação consciente e vamos andar por veredas de justiça, pois o justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito! (Pv 4:18).

Precisamos estar com o coração em dia, diante do Trono do Pai, pois a batalha será grande, mas a vitória será maior ainda. Não podemos permitir que os nossos argumentos medíocres se posicionem acima da realidade crônica e absurda que está diante dos nossos olhos, e assim queiram justificar a nossa omissão para esse momento de oportunidade que Deus está colocando nas nossas mãos para fazer história.

Sabemos que as doutrinas pagãs são conservadas no indivíduo, na família, na cidade, no Estado, na nação. Qual a nossa posição? Mudar. Precisamos mudar e mudar para melhor. Sei que você é um guibor, guerreiro provado e aprovado, valente de Deus. Então, avance!

 

Continua...